Josué Teixeira
Josué Teixeira

Peça importante na estrutura ofensiva do Remo, Flamel foi ausência bastante sentida no jogo de ida contra o Santos (AP), quinta-feira (30/03). Talvez nesta segunda-feira (03/04), no confronto final em Macapá (AP), quando teoricamente haverá mais espaço para o contragolpe, sua perda seja ainda mais lamentada.

O Remo venceu a primeira por 2 a 1 e joga pelo empate, mas o Santos (AP) saiu do Mangueirão acreditando que pode triunfar no mata-mata.

Cabe observar que não é a primeira vez que o Remo sofre por não dispor de um meia-atacante com a qualidade de Flamel, que é especialista tanto na troca de passes quanto na finalização, além de útil também nas jogadas de infiltração e tabelinhas com os atacantes de lado.

Na Copa do Brasil, diante do Brusque (SC), o Remo acabou derrotado por não conseguir ajustar a parte ofensiva, justamente por não ter um jogador com suas características para dar suporte aos atacantes.

Por outro lado, contra o Atlético (AC), na capital acreana, na fase inicial da Copa Verde, Flamel representou uma alternativa ofensiva a mais para o Remo e foi o autor do gol de empate, disparando um chute forte da entrada da área.

Eduardo Ramos não pode executar essa função? Sim, mas teria que jogar um pouco mais à frente, perto dos atacantes e longe da posição original de organizador no meio-campo.

Sem Flamel, o Remo vai ter dois caminhos para chegar ao gol: explorar as subidas dos alas Léo Rosa e Jaquinha e utilizar os lançamentos de Eduardo Ramos para os contra-ataques com Edgar e Gabriel Lima.

O Santos (AP), apesar de limitações no ataque e no setor de criação, tem um time leve, que aprecia o jogo de velocidade. Ao Remo, cabe não negligenciar com a marcação como na primeira partida, quando sofreu um gol em contra-ataque no primeiro tempo e quase cedeu o empate nos minutos finais.

Blog do Gerson Nogueira, 03/04/2017