PSC 1x2 Remo (Gustavo)
PSC 1x2 Remo (Gustavo)

Para o Remo, ser campeão é uma questão de afirmação para a gestão do futebol, que está desatolando o clube do atraso conceitual e das dívidas, abrindo novas perspectivas. O título, para os azulinos, seria fundamental. Para atletas, o Re-Pa pode valer o emprego. Toda essa dimensão do jogo de domingo (08/04) se traduz em pressão emocional. Como isso deve funcionar em campo?

Inicialmente, a pressão será bem maior para os bicolores, que precisam vencer por 1 gol para provocar decisão por pênaltis, ou por mais de 1 para conquistarem o título no tempo normal. Missão nada simples, visto que a maior virtude do Remo é a consistência defensiva.

Com Givanildo, o Leão tem tomado apenas 1 gol a cada 2 jogos. Antes, a média era de 1 gol tomado a cada jogo. Porém, se sofrer um gol, a pressão emocional passa para o lado azulino. Esse será um fator muito importante na decisão do campeonato.

Hora de medir a personalidade

Cada jogador reage de uma forma à pressão emocional. Muitos perdem o controle dos nervos, ficam mais irritados e desatentos, perdem a concentração nas suas funções. Outros absorvem como estímulo positivo e crescem. Nessas situações, os líderes são fundamentais para transmitir coragem e serenidade aos companheiros.

O Remo atravessou o seu “calvário” neste campeonato, nos últimos jogos sob o comando do técnico Ney da Matta. A situação produziu união e determinação, que estarão à prova no domingo (08/04). Afinal, esse Re-Pa vai ser um teste definitivo de competência emocional para os azulinos.

A estabilidade emocional, em uma decisão, com tanta rivalidade, incide nos rendimentos físico, técnico e tático dos atletas, sempre com risco de excessos e expulsão. É nessas horas que prevalece o trabalho dos psicólogos e o Remo tem o acompanhamento de Jairo Vasconcelos.

Leão sem a figura do “líder”

No Leão não há um líder tão evidente. Isac é quem mais fala em campo, mas todos se cobram. Por tudo o que já foi observado sobre as circunstâncias do jogo, o Re-Pa vai medir a personalidade de cada um em campo.

Gustavo

No segundo e no terceiro clássicos, o azulino Gustavo, de 18 anos, jogou como se estivesse no próprio quintal. Deixou claro que vai ser um jogador “cascudo” e que já reage bem às pressões. Isso tem que ser realçado, visto que tem sido comum jogadores rodados, importados, se inibirem e murcharem com a camisa do Leão.

Felipe Marques

Significa muito para o Leão a volta do atacante Felipe Marques ao time. Ele tem função tática vital. É incansável na recomposição da marcação e na puxada de contra-ataques. Sem ele, no jogo passado, Elielton tornou-se alvo fácil dos bicolores e jogou abaixo do potencial. O cearense Felipe Marques é um caso especial. Só iniciou a carreira aos 24 anos, mas tem uma capacidade física fora do normal e recursos técnicos incomuns para quem não teve formação de base, com a grande vantagem de ser ambidestro.

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 05/04/2018

3 COMENTÁRIOS

  1. Vamos lá leão conseguir este título importante para toda nação azulina e principalmenté vocês jogadores para marcar nome na história deste clube

  2. A questão emocional pesa para os dois times, emocionalmente o Leão está mais equilibrado porque venceu os Duelos que aconteceram em 2018, entretanto não significa favoritismo, se o Paysandu sentir este emocional o Leão vence com 4 gols de diferença. Leão…ão…ão, campeão, pensamento positivo.

  3. Estou surpresa em saber que Felipe Marques começou sua carreira no futebol com 24, ou seja, há dois anos. Talvez por esse pouco tempo no futebol, não tenha chamado a atenção de clubes de fora. Outro dia em pensei, em menos de 6 meses o Rony saiu daqui (na minha opinião prematuramente) e foi para Minas, já rodou no Japão…Se o Felipe dos um garoto, já teria sido.muito assediado. Parabéns Felipe. Muitos anos no Leão. Espero que todos em campo consigam o equilíbrio emocional, porque eu já estou ansiosa pelo jogo.

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