Bruno Maia, Rodriguinho e Fernandes
Bruno Maia, Rodriguinho e Fernandes

O jogo de ida já mostrou o abuso do time amazonense na “cera”, principalmente com o goleiro Jonathan, que está fora do jogo desta quarta-feira (14/02), por lesão. Talvez por isso, a CBF escalou um árbitro jovem e intolerante a esse tipo de comportamento: Paulo Henrique de Melo Salmázio, 26 anos, do Mato Grosso do Sul.

Com o Manaus (AM) em vantagem, os dois times estarão muito influenciados pelo relógio desde o primeiro giro da bola. O Leão para ganhar e o Gavião para gastar tempo, em nome da classificação. O jogo tem toda a tendência a ser dramático.

Naturalmente, o Remo será um time ansioso já nos primeiros minutos. Vai ter que dosar essa ansiedade para não comprometer a organização tática. É um time experiente e isso deve ajudar. Um dos desafios é capitalizar o incentivo da torcida sem sair do plano tático.

O Manaus (AM) tem uma vantagem significativa, mas nada confortável. Terá que ser muito competente para resistir à pressão. É outro time experiente, mas com limitações técnicas. Seu maior risco estará nos erros individuais.

Não há nenhuma expectativa por jogo espetacular, mas seguramente será um jogo emocionante. É para sair faíscas em plena Quarta de Cinzas!

Levy

Ney da Matta tem sido rigoroso com Levy, catequizando-o para jogar taticamente. A maior cobrança ao lateral-direito azulino é para que só avance ao ataque com segurança de cobertura e de conexão de jogadas. Em um desses avanços estratégicos, ele fez a jogada do gol de Felipe Marques em Itapemirim (ES). Contra o Manaus (AM), porém, o Remo pode precisar muito mais da intensidade de Levy nas ações ofensivas. Se pensou assim, Ney da Matta deve ter criado condições táticas para tê-lo mais presente no ataque.

Ritmo do jogo

No ritmo a ser imposto contra o Manaus (AM), o Remo vai testar a resistência dos seus atletas na evolução física. Afinal, há 3 semanas, na vitória sobre o Águia, o time cansou e sofreu pressão depois de acelerar nos primeiros 30 minutos. Nesta quarta-feira (14/02), vai ter que acelerar novamente, resistir, insistir e traduzir esse ímpeto em gols. Antes de tudo isso, os remistas precisam rezar para que a noite não seja de chuva. Campo encharcado seria um adversário a mais. A meteorologia prevê chuva fraca no fim da tarde e céu nublado à noite.

2015

O Clube do Remo já conquistou classificação na Copa Verde nas mesmas condições de agora. Foi na semifinal de 2015, quando perdeu para o Paysandu por 2 a 0, devolveu o placar no segundo jogo e venceu a decisão nos pênaltis. Uma lembrança inspiradora para os azulinos, que treinaram muito os tiros livres para esta decisão contra o Manaus (AM).

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 14/02/2018