Além do arranhão moral, a eliminação logo na primeira fase da Copa Verde provoca um baque nas finanças, estresse na torcida e maior rigor nas cobranças. O Remo surfou pouco tempo na vitória sobre o Paysandu e já queimou o crédito. Cresce a pressão sobre o time azulino, que joga domingo (18/02) com a obrigação de se redimir em Bragança, diante do Bragantino.
O Remo é um clube sem descontos. Carrega o peso das sucessivas frustrações à torcida nas últimas décadas. A impaciência é natural. As limitações técnicas do time atual ficam mais flagrantes nas situações de pressão, como foi o jogo contra o Manaus (AM). Os erros de passe a todo momento e a insistência em chutes de fora da área denunciaram a falta de recursos de um time que não teve sequer ousadia.
O time está em construção e deve ser avaliado como tal, mas essa avaliação mais racional só pode ser esperada dos dirigentes, na frieza de quem conduz um projeto e precisa enxergar além do óbvio. A torcida, na sua passionalidade e no seu estresse, vai ter sempre tendência a ver “terra arrasada” a qualquer estremecimento e renovar todas as esperanças a cada bom sinal.
Reforços no eixo Rio-SP
Fase de classificação do Campeonato Paulista termina em 11/03 e a do Campeonato Carioca dia 18/03. No Parazão, o regulamento estipula 19/03 como data limite para novos nomes constarem no BID. O Clube do Remo está monitorando jogadores dos dois mercados.
Andrey
Meia Andrey, que não está emplacando no time remista e até já foi multado por indisciplina, demorou a se decidir pela vinda para Belém porque tinha esperança de entrar no grupo de Mano Menezes. Além disso, vem sendo monitorado pelo Vitória de Guimarães (Portugal) nos últimos 2 anos. Com toda essa cotação, o que estaria acontecendo com Andrey em Belém? Desaprendeu ou não está levando o futebol a sério? Andrey é do Cruzeiro (MG), foi destaque na última Série C no Tupi (MG) e está emprestado ao Leão.
Esquerdinha
Na confusa atuação do Remo no empate com o Manaus (AM), pelo menos um jogador mereceu destaque: o experiente lateral-esquerdo Esquerdinha, que até então vinha sendo peça discreta. Desta vez, foi o melhor homem azulino em campo, aparecendo bem e frequentemente nas ações de ataque. Pelo outro lado do campo, Levy foi irritante. Apear de muito acionado no ataque, abusou dos erros de passe.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 16/02/2018
Esquerdinha foi bem, é verdade, mas os cruzamentos na área foram inúteis. O Remo conta com um atacante, que é figura decorativa na área adversária. Levy é voluntarioso, mais a maioria de seus cruzamentos são horríveis. Se não há jogadores disponíveis no mercado, porque então não se olha para o mercado local. Monga está aí dando sopa, é e cem mil vezes melhor do que esse irritante Isaac, e também deve ser mais barato. O time remista também precisa de um zagueiro de raça, guerreiro, pra jogar ao lado do Mimica. E aí, será que vamos novamente ficar vendo a banda passar???
Acho que precisamos de “Soluções caseiras”…. Vamos olhar melhor os pratas da casa…. E pontualmente trazer alguns jogadores de fora… Temos qualidade profissional aqui no norte….
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