Luciano Mancha
Luciano Mancha

Luciano Mancha estreou bem como novo executivo do Remo. Deixou impressão positiva por se expressar de maneira clara e direta sobre o planejamento para 2019. Fugiu ao perfil arrogante de gerentes que trabalharam na dupla Re-Pa, com a honrosa exceção de Sérgio Papellin, o melhor de todos, justamente por ser objetivo e não vender ilusões.

Faz bem ouvir um gerente executivo falar como empregado do clube, sem entonações que deixem escapar alguma pretensão de poder, como se tornou comum por parte de executivos que serviam, por exemplo, ao time bicolor.

Mancha, que tem passagens exitosas por clubes do Nordeste, parece haver diagnosticado bem a situação do Remo. Não há dinheiro para extravagâncias, nem sonhos de grandeza. A ideia é arrumar a casa, sob o comando do presidente Fábio Bentes, com austeridade e método.

O entrosamento com o técnico João Neto, que advoga a mesma filosofia de “pés no chão”, será fundamental para o trabalho que Luciano Mancha executará no Baenão. Foi direto ao ponto quanto às características do elenco a ser formado para a temporada. Não quer trabalhar com jogadores veteranos, salvo exceções que justifiquem o investimento de risco.

Seus argumentos são poderosos quanto a isso: o Remo terá um elenco enxuto, por razões óbvias, o que inviabiliza ter muitos atletas acima dos 32 anos.

Quanto aos jovens valores, mostra-se a fim de valorizar as revelações do próprio Remo que, só em 2017 e 2018, formou pelo menos 5 atletas de bom nível para aproveitamento imediato, desde que submetidos a um intenso trabalho de reforço muscular.

Pode ser discurso de quem chega, mas Mancha parece disposto a quebrar a velha prática de executivos que chegam a Belém munidos de recomendações já engatilhadas, mais preocupados com os seus interesses do que com as necessidades do clube. A conferir.

Blog do Gerson Nogueira, 18/11/2018

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