Notícia ruim para os que creem na lenda urbana de que a dupla Re-Pa pode se ajudar nas etapas classificatórias da Série C. A ideia é edificante, mas peca pela ingenuidade.
É preciso entender que o sistema de classificação não permite vacilos a quem busca passar à próxima fase e ao mata-mata do acesso. Por mais boa intenção que exista de parte a parte entre os velhos rivais, cujas diretorias convivem harmoniosamente, não há forma de conciliar interesses conflitantes.
A glória de um pode significar a desgraça do outro e é assim que as coisas são. Caso cheguem empatados em pontuação até a 17ª rodada, como estão no momento, irão fazer um clássico de vida e morte na rodada de fechamento.
Até a hipótese de um empate que ajudaria a ambos deve ser descartada em nome do bom senso. Afinal, mesmo que a pontuação permita a passagem de ambos à etapa seguinte, haverá sempre a necessidade de ficar melhor posicionado para obter vantagem no cruzamento eliminatório.
Portanto, por mais que o torcedor seja da “confraria dos bons samaritanos”, deve tirar essa ilusão da cabeça. Utopias são necessárias na vida, mas todos sabemos o sentido e o significado delas.
Remo e Paysandu são irmãos siameses, mas estão condenados a caminhar em rotas quase sempre opostas e conflituosas. Pelo menos não é necessário levantar a possibilidade – felizmente quase descartada – de uma disputa sangrenta para fugir ao rebaixamento.
Melhor ficar por aqui, projetando brigas mais edificantes. O fato é que o time bicolor não pode andar de mãos dadas ao azulino, por mais singela que a ideia seja.
Jogo-chave para os planos do Leão
Para o Remo, o jogo desta sexta-feira (19/07), contra o Ypiranga (RS), é daqueles momentos cruciais em uma campanha. Em caso de uma vitória, o “projeto de crise” imediatamente cai por terra e o time retoma o caminho virtuoso.
Um empate não seria de todo ruim. Pode ser um alento, pois não deixaria o time tão distanciado do G4 e, com alguma sorte, pode permitir até a permanência na zona de classificação. Problema mesmo é se o time sofrer um revés, pois a desconfiança da torcida irá se acentuar e a saída do G4 será inevitável.
O esquema esboçado por Márcio Fernandes dá a entender que o time vai praticar um jogo de controle da posse de bola, como forma de minar a resistência – e a paciência – dos donos da casa. A conferir.
Blog do Gerson Nogueira, 19/07/2019
Concordo. Rexpa nunca foi, não é, e nunca será um jogo normal. Foi com esse pensamento que o time entrou para o RexPa,perdeu, colocou o rival no campeonato de novo e se enrolou todo.
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