Emerson Carioca era o mais criticado atacante do Remo. Até o jogo com o Luverdense (MT), pela 12ª rodada da Série. Depois disso, como que por encanto, ele passou a ser visto como peça indispensável na estrutura ofensiva da equipe, com lugar assegurado em qualquer formação a partir de agora.
O motivo é bem simples: na partida que reabriu o Baenão, Emerson foi o responsável pela reação que evitou um vexame monumental. Entrou aos 23 minutos do primeiro tempo, substituindo o meia Carlos Alberto, e fez com que o time adotasse outra postura.
Em meio a um clima de desorganização e caos tático, o atacante entrou em campo como um raio. Não tomou conhecimento da marcação adversária, chamou a responsabilidade com ações individuais, arrancando com a bola e apresentando-se para marcar. Multiplicou-se em esforços pela equipe e quase marcou em duas jogadas muito bem elaboradas.
Acima de tudo, revelou uma faceta diferente daquela que estava impregnada na cabeça do torcedor. Ao contrário do atacante rude e de pouca intimidade com a bola, ele arriscou dribles e fez lançamentos precisos.
Atuou em boa parte do tempo como um ponta-de-lança, acompanhando de perto os atacantes e ajudando Eduardo Ramos na criação de jogadas. Tudo isso com empenho, foco e, principalmente, entusiasmo.
Sua atuação beneficiou o Remo e contagiou seus companheiros, fazendo com que uma derrota que se desenhava certa virasse uma reação empolgante. Os gols vieram no final, mas a torcida não esqueceu o papel decisivo que Emerson Carioca teve na mudança de atitude coletiva.
Ficou de fora do jogo passado, contra o Ypiranga (RS), cumprindo suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo. Pela primeira vez, sua ausência foi lamentada. Emerson fez falta naquele espaço de campo entre os volantes e o ataque, pois poderia ter sido útil diante de uma defesa que mostrou vulnerabilidades e lentidão.
Como sinal da reviravolta, para o confronto deste sábado (27/07), em Rio Branco (AC), diante do Atlético (AC), não há nenhuma dúvida quanto à sua presença e utilidade na escalação que Márcio Fernandes treinou nos últimos dias.
Caso raro de resgate de um jogador marcado por cobranças e vaias e uma prova de que, com esforço e determinação, é possível produzir reviravoltas.
Reconheça-se também o mérito do treinador Márcio Fernandes, que foi resoluto e ágil em mexer na equipe no momento crítico do jogo contra o Luverdense (MT), mostrando conhecer bem as entranhas do elenco que dirige, lançando mão de um jogador com perfil adequado para enfrentar o desafio.
Caso fizesse a mexida óbvia, trocando Carlos Alberto por outro meia, como Zotti, Garré ou mesmo Djalma, talvez o remédio não fosse suficiente para sanar o mal.
Emerson conseguiu se reabilitar por conta de seu empenho pessoal e do profissionalismo de Márcio Fernandes. Resta saber como se comportará no Acre, até porque aparece escalado como atacante. Ocorre que brilhou atuando de forma mais recuada, como um meia-atacante de aproximação. A conferir.
Blog do Gerson Nogueira, 26/07/2019
Vamos meu LEÃO chegou a hora da redenção , hoje a vitoria vai ter q vim , e hora de irmos pro topo da tabela. REMO 1X0
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