Sob diferentes argumentos, alguns clubes querem a anulação do Campeonato Paraense. Outros defendem a conclusão e ainda tem ainda aqueles que preferem o cancelamento do que falta, mantendo-se as posições atuais para efeito de acesso à Copa do Brasil, Série D e Copa Verde, sem rebaixamento.
O Paysandu entende que não será possível a conclusão e defende a divisão dos R$ 512 mil da meritocracia em partes iguais, mas há quem queira pleitear o título pelo fato de o clube ser o líder até a suspensão. Por isso mesmo, o Remo quer a continuidade da competição, tão logo seja possível.
Assim como a dupla Re-Pa, todos defendem os seus interesses em meio às incertezas trazidas pelo coronavírus. Por sua vez, a FPF silencia e dá tempo ao tempo para descobrir o melhor caminho.
Se não for possível concluir o Parazão 2020, Castanhal e Paragominas querem seus acessos (Copa do Brasil, Série D e Copa Verde) e o cancelamento do rebaixamento. Assim, ganham as adesões de Tapajós, Itupiranga e Carajás.
Essa proposta se encaixaria também na conclusão do campeonato com os 4 primeiros em semifinal e final. Assim, já seriam 7 clubes contemplados na proposta mais aceita, contra a vontade de Águia, Bragantino e Independente.
O time marabaense ainda sonhava até com uma vaga na Copa do Brasil. Bragantino e Independente, porque poderiam ser repetidos nas competições da CBF, em caso de anulação deste Parazão.
Mais cedo ou mais tarde, o tempo e os fatos vão determinar um ponto de convergência. Afinal, é no andar da carroça que as abóboras se ajeitam.
Sobre os Estaduais, a CBF disse que respeita a autonomia das Federações e que vai prestigiá-las na questão do calendário no pós-coronavírus. A bola deve voltar a rolar no Brasil em julho ou agosto.
Uma ideia que está ganhando corpo é o fechamento do Parazão sem campeão e os 4 primeiros com seus acessos mantidos. Os outros 6 clubes se juntariam ao campeão e vice da Segundinha, em uma fase “preliminar” do próximo campeonato, todos contra todos. Os 4 melhores se classificaram.
Assim, o Parazão 2021 teria 8 clubes, que jogariam todos contra todos, em turno e returno. Os campeões de turnos decidiriam o título e um mesmo clube ganhando os dois turnos já seria o campeão.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 27/03/2020