O Governo do Pará apresentou na manhã desta sexta-feira (26/06), o projeto de reforma do estádio Mangueirão. A obra está marcada para começar em novembro, com previsão para ser entregue em julho de 2022, com um custo total orçado em R$ 155.801.387,73.
Por determinação dos órgãos de segurança, a capacidade atual foi reduzida de 45.007 expectadores para 35 mil. Uma das novidades é a ampliação para 53.645 pessoas.
O projeto também prevê a inclusão de cobertura nas rampas de acesso, assim como o setor cadeira será estendido até próximo ao campo de jogo, ganhando um novo anel atrás dos gols. A pista de atletismo será mantida e o gramado será trocado.
“Seguramente, o Mangueirão, hoje, é um estádio seguro estruturalmente, mas precisa que sejam feitas algumas intervenções para que tenha maior longevidade. Vamos substituir todo o gramado de jogo, implantar moderna iluminação de acordo com as exigências da CBF e trazer o turismo para dentro do Mangueirão, o que é extremamente interessante para dar viabilidade e vida ao estádio”, detalhou Ruy Cabral, titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop).
Cabral também explicou que até a próxima terça-feira (30/06), o Estado vai receber e analisar sugestões no projeto para revitalização e readequação do estádio.
“É fundamental que todos participem. Isso não é uma ação só do Governo, envolve todas as entidades do futebol. Após esta fase de contribuição, vamos iniciar e aguardar o certame licitatório para, até o fim do ano, darmos a ordem de serviço para efetivamente iniciarmos as obras, que devem perdurar até julho de 2022”, avaliou.
A última vez que o estádio passou por uma grande reforma foi em 2000. Participaram da reunião: o governador Hélder Barbalho, dirigentes dos clubes e da Federação Paraense de Futebol.
O Governo do Estado também dividiu por tópicos alguns pontos de preocupação centrais na reforma do estádio. Confira a seguir:
Gramado, drenagem e iluminação
No projeto apresentado, está prevista a instalação de um novo sistema de iluminação e gramado, com os padrões exigidos pela FIFA. Pelas características climáticas do Pará, o padrão utilizado será o mesmo implantado na Arena da Amazônia, em Manaus (AM), para realização da Copa do Mundo de 2014. Um novo sistema de drenagem também será instalado.
Sala do VAR
Atendendo exigência da CBF, o Mangueirão vai contar com uma área exclusiva para receber uma central de comando para o VAR (árbitro de vídeo). Neste local, serão analisadas, em todas as partidas que forem necessárias, a implantação da ferramenta.
Aproveitamento da água da chuva e energia solar
A modernização do futuro maior palco de futebol da Região Norte vai levar em conta o padrão de construção ecológica, medidas de eficiência energética, sistemas de captação e reaproveitamento de água da chuva e instalação de painéis para produção de energia solar.
Conforto e segurança
O estádio contará, também, com obras para ampliação das cadeiras, com o fechamento do anel inferior no entorno do gramado. Serão construídas novas áreas para entrada e saída das arquibancadas. A rampa utilizada pelos torcedores para acessar as arquibancadas superiores será duplicada e coberta.
Conectividade
Preocupado com a dificuldade dos profissionais e torcedores que atuam no estádio, principalmente, em jogos com grande presença do público, o governo está estudando alternativas para fortalecer o sinal de internet nas instalações do estádio.
Características arquitetônicas
A Sedop afirma que, apesar das obras de revitalização e readequação, as características arquitetônicas do estádio serão preservadas.
Clubes e FPF aprovam
Os dois principais clubes do Estado foram à reunião representados pelos seus presidentes. O azulino Fábio Bentes afirmou que a modernização do Mangueirão favorecerá uma evolução no esporte no Pará.
“Acho que a gente precisa investir em infraestrutura, investir no funcionamento do futebol e o Governo já tem feito isso, apoiando o Estadual. Agora, investindo na estrutura de jogo, dando condições, vai fortalecer cada vez mais o futebol paraense. A gente vai voltar para o lugar em que a gente merece”, ponderou.
O bicolor Ricardo Gluck Paul ressaltou que o fechamento do Mangueirão trará percalços para a realização de jogos de grande porte na região, inclusive do próprio Re-Pa, mas que acredita que, pelo projeto apresentado, será um esforço que será recompensado no futuro.
“O projeto é realmente muito interessante, que traz o Mangueirão de volta a um protagonismo que já teve, lá atrás. É triste falar isso, mas hoje é um equipamento obsoleto, ultrapassado, talvez até não seguro. Agora, com essa reforma, posso falar não só como torcedor, mas também como gestor, é sem dúvida um equipamento muito próximo do que a gente imaginava que deveria ser, como a questão da duplicação das rampas, dos acessos, reorganização e ampliação do estacionamento, ampliação da capacidade, a reordenação dos camarotes, enfim, tudo que envolve essa reforma. Posso dizer que acho que é um consenso do sucesso do projeto”, afirmou.
Maurício Bororó, vice-presidente da FPF, ressaltou que o estádio dará mais conforto ao público.
“Isso tudo foi feito dentro de estudos e tenho certeza que vai ser bom para o torcedor, bom para as famílias. Teremos um novo Mangueirão, então não posso deixar de ficar muito satisfeito, como um grande desportista e como representante da Federação Paraense de Futebol”, exaltou.
Globo Esporte.com, 26/06/2020
– Na verdade deveriam fazer uma capacidade maxima para o mangueirão de no minimo 60 a 70 mil torcedores..
-deveria aumentar o tamanho do campo de jogo, esse gramado está reduzido..
– outro ponto e, não se pode esquecer das rampas de acesso facil para cadeirantes..
– escolher uma pintura bonita, porque essa atual é horrivel..
As dimensões do gramado seguem o padrão FIFA, assim como de todos os outros estádios daqui.
ótima noticia como torcedor do Remo aprovo novo Mangueirão mais fiquemos de olho nessa obra gigantesca financeiramente não confio no governador Helder Barbalho…
O projeto ficou horrível em seu design ultrapassado e cheio de cores mucurentas fedorentas, faltou só trocar de estádio Edgar Proença para estádio da Mucura Freguesa.
Seria democrático fazer em azul marinho todo o lado A (na fachada e internamente – arquibancadas, cadeiras, etc).
Mas cor predominante do Pará é vermelho. A vista externa do estádio deveria ser na cor vermelha, idem pista de atletismo cujo padrão é na cor vermelha com branco ou cinza.
Outra, se é para ampliar a capacidade deveria ser de pelo menos 60 mil.
Finalmente uma boa notícia para o paraense que gosta de futebol,finalmente os políticos daqui deram uma dentro e que resolva o problema dos alagamentos no estacionamento e porque não colocar grama sintética já que nosso clima é uma merda e acaba com todo tipo de Gramado, é isso aí governado faça pelo desenvolvimento do estado.
Acho q Tmb deveriam fazer do local algo pra viabilizar e trazer geração de emprego e renda. Ex: um shopping ou algo parecido.
Não concordo com estádio olímpico, até porque nem temos tradição em esportes olímpicos. Estádio para futebol deve ter arquibancadas próximas ao campo. Acho que o Mangueirão deveria ficar parecido com o Mineirão.
Claro também espero que não esqueçam o entorno do estadio, merece também uma boa melhora em paisagismo, iluminação boa e uma pintura que possa destacar bem o estadio. O futebol e a torcida Paraense merecem isso.
Mais um absurdo. Precisamos de saneamento, hospitais, estradas, portos, ferrovias e não estádio.
Um estado pobre com poucos recursos, tem que ter prioridade.
Dinheiro público tem que ser investido em saúde , educação e segurança.
Pequenas obras devem ser feitas no mangueirão. Com 20% do valor desse orçamento, daria p fazer ajustes necessários.
Estão querendo fazer as mesmas besteiras da copa do mundo.
Em Goiás o serra dourada passou por pequenas obras e ficou bom p mais 10 anos, sem nenhum gasto do governo.
O Goiás EC bancou.
Agora o próprio Goiás caminha p conclusão de arena própria. Moderna, com capacidade compatível e sem dinheiro público.
Corroboro que esses 156 milhões deveriam ser melhor empregados em setores essenciais carentes no Pará como construção de novas escolas e hospitais. Gastar essa grana toda no Mangueirão é jogar dinheiro fora em um elefante branco, além de risco de desvios de dinheiro para os bolsos da corrupção.
O Mangueirão só precisa de reparos suficientes para o deixar seguro para o torcedor, além da manutenção do gramado, algo barato e rápido de fazer.
Já estou vendo o Governador dizendo depois que pegarem as irregularidades:
” Não houve, repito, não houve prejuízo aos cofres públicos”
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