Analistas da conjuntura econômica do futebol são unânimes em afirmar que atletas da base serão o desafogo dos clubes de futebol no pós-pandemia, principalmente aqueles de altos custos para suas condições financeiras, como Remo e Paysandu.
Frutos da base reduzem a folha salarial, elevam o comprometimento com as causas do clube e dão perspectivas de venda. Por isso, deverão ser fundamentais no pós-pandemia.
Remo e Paysandu, porém, deixam muito a desejar como formadores, como vitrine e em matéria de vocação. De qualquer forma, devem ter clareza da tendência deste cenário.
Transição da base, um problema crônico
“Nosso problema crônico, nevrálgico, é a transição. O momento de sair das divisões de base e chegar ao time profissional. Este é o grande ponto”, afirmou Júnior Chávere, que assumiu o comando da base do Atlético (MG), credenciado por sucesso feito na Juventus (Itália), São Paulo (SP) e Grêmio (RS). Uma referência internacional nesse trabalho.
Trazendo a observação de Chávere para a realidade paraense, o problema crônico está na falta de estrutura e de visão no processo de formação dos jogadores. A falta de meios facilitadores na transição é o agravante. Em geral, os atletas que sobem da base não chegam a jogar no primeiro ano, por vários déficits: fisiológicos, técnicos, táticos, psicoemocionais…
Kevem
O zagueiro Kevem, campeão paraense pelo Remo aos 18 anos, em 2019, com 11 jogos e 1 gol, voltou da Europa sem jogar uma única partida pelo Paços de Ferreira (Portugal). Uma lesão o atrapalhou, sendo figura nula no elenco. O atleta é vinculado ao Mirassol (SP) e deve disputar o próximo Campeonato Brasileiro de Aspirantes. Para isso, está sendo cedido a um clube da Série A.
Kevem foi a principal revelação do Parazão no ano passado. O elenco teve que vendê-lo a um grupo de investidores (70% dos direitos por R$ 600 mil), porque o contrato terminaria pouco tempo depois e o atleta não aceitou renovar.
Reforços
O lateral-esquerdo Dudu Mandai, que ainda não estreou, e o meia Carlos Alberto, que ainda não reestreou, são os jogadores com potencial para reforçar o Remo no recomeço de atividades. O meia Eduardo Ramos já reapareceu animando a torcida e também será arma importante.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 26/04/2020
Se o Remo deixa a desejar imagine os outros, o Remo é o clube que mais vendeu jogador do Pará, deixe de ser tendencioso
É porque esse Carlos Ferreira parece que ele é Paissandu. Mucura
Se o rival do Remo vendesse a metade dos jogadores que vende o Leão, aí esse jornalista medíocre ia dizer que o Pará era “referência” no norte em formar atletas!
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