O Remo pegou muita gente de surpresa ao anunciar rescisões com jogadores em meio à pandemia do novo coronavírus. O lateral-direito Nininho e o atacante Jackson já deixaram o clube e as saídas devem continuar acontecendo nas próximas semanas, mas sem pressa.
A intenção da diretoria é fazer negociações enxutas e que não atrapalhem o planejamento financeiro futuro com ações trabalhistas. As rescisões precisam atender às necessidades do clube e do atleta.
Paralelo a isso, o Remo está no mercado em busca de reforços para a Série C do Brasileirão, mas as dificuldades são muitas. Neste momento, qualquer cartada é um tiro no escuro.
Segundo uma fonte remista, nenhum jogador quer antecipar um acerto antes de saber quais os rumos do futebol brasileiro em meio à Covid-19. Qual será o calendário? As competições terminarão ainda em 2020? A bola vai rolar no Parazão ou somente na Série C? O cenário é de muita incerteza.
Com o caixa cada vez mais esvaziado, o Remo não sabe bem o quê – e quanto – oferecer. Se antes, por exemplo, a folha do Brasileirão giraria em R$ 550 mil, agora esse valor terá que ser repensado. Na busca por reforços de peso, mais caros para uma competição nacional, o Departamento de Futebol não pode oferecer mais de R$ 30 mil de salário para um único atleta.
É preciso pensar não só no presente e no futuro, mas no passado, com folhas que possam ficar em aberto. A atual diretoria azulina tem se destacado nos pagamentos em dia, então qualquer passo errado pode significar uma nova “bola de neve” em dívidas.
Uma coisa é certa: o técnico Mazola Júnior pretende contar com, aproximadamente, 28 jogadores no elenco para a sequência de uma temporada incerta. O comandante não abre mão de um grupo enxuto e com peças mais qualificadas.
Mazola é exigente, como se sabe. Isso deve significar cerca de 20 atletas rodados e o restante completado por jovens das divisões de base. O terreno é íngreme, difícil, incerto. Apesar da paralisação dos jogos, o Leão tem um norte, mas ainda depende de muitas variáveis para chegar nele.
Globo Esporte.com, 11/04/2020
Era pra ter neste momento uma base formada de jogadores da região. Como sempre, vamos iniciar o brasileiro mais preocupado em não cair do que subir.
Espero que 2021 seja diferente, iniciando por diretores e técnico da região.
HÁ MAIS CERTEZAS QUE INCERTEZAS. AINDA NÃO SE SENSIBILIZARAM QUE A PANDEMIA É UMA REALIDADE DEVASTADORA, SOBRETUDO DA CLASSE TRABALHADORA QUE ESTÁ SENDO “BUCHA DE CANHÃO”? QUE A PANDEMIA JÁ COMPROMETEU TODAS AS ATIVIDADES, TODAS AS RELAÇÕES EM GERAL NO PAÍS E NO MUNDO? POR QUE NÃO HAVERIA DE AFETAR O FUTEBOL PELO MENOS POR UM SEMESTRE INTEIRO? EM RELAÇÃO A SERIE C, DIFICILMENTE SE REALIZARÁ.
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