A suspensão do Campeonato Paraense tem sido uma empilhadeira de prejuízos para o Clube do Remo. Não bastasse ficar sem a sua principal fonte de receita, que é a bilheteria em jogos oficiais, e receber o despacho da Justiça do Trabalho solicitando a devolução da verba liberada oriunda da participação azulina na Copa do Brasil 2020, os jogadores também são afetados quanto à competitividade de jogo.
Com atividades físicas feitas de forma individual e a falta de treinamentos coletivos com simulações de partidas, os profissionais da equipe destacaram que a pequena evolução do time na reta final de segundo turno do Parazão provavelmente sofrerá um abalo, com o time decaindo técnica e taticamente em virtude da pausa no calendário.
Quando as atividades retornarem, vai ser o momento para atividades intensivas nos treinos para minimizar os impactos. Porém, mesmo com os pontos negativos, os atletas tentam enxergar uma luz no fim do túnel.
“Estou encarando como um desafio. Vamos perder o ritmo coletivo em um momento que vínhamos bem em campo. Temos que fazer a nossa parte também e com os cuidados repassados pelos profissionais do clube, creio que essa perda vai ser minimizada”, disse o volante Lailson.
Sobre o desempenho da equipe no retorno às atividades em campo, o jogador descartou a possibilidade do time voltar à estaca zero.
“Isso depende muito, porque todos estão parados também. Vai depender do tempo que voltar às atividades, mas o ritmo de jogo fica muito prejudicado, sem contar a parte física”, comentou.
Presente nas últimas escalações titulares do Remo, quando teve boa atuação no primeiro Re-Pa, inclusive, mesmo com sua expulsão no clássico, Lailson não quer se distanciar da concorrência e deseja ratificar a sua presença logo de cara na onzena principal, após o fim do isolamento social. Para isso, o jogador destacou que tem feito a sua parte para manter a forma.
“Boa alimentação e exercícios físicos, conforme a recomendação dos profissionais”, contou o jogador.
Diário do Pará, 29/03/2020