Clubes fazem suas cogitações sobre a volta das competições, tentam se planejar, cobram posicionamento da Federação e da CBF, mas a realidade é que a decisão vai ser das autoridades sanitárias, conforme os dados da pandemia.
Enquanto os números não indicarem condições seguras, não haverá sinal verde para o futebol, mas especialistas projetam agosto como o mês da volta.
É o caso do médico infectologista Nagib Abdon, membro da comissão que elabora o protocolo de prevenções do futebol paraense.
Nagib faz questão de esclarecer que a comissão cuidará das prevenções a serem exigidas dos clubes, mas toda a responsabilidade sobre autorização de atividades será do Governo Estadual.
O Tapajós ameaça não voltar a campo, alegando não ter condições financeiras para reativar o time. O Paragominas também reprova o recomeço. Outros clubes evitam se manifestar.
O fato, agora, é que o Parazão está engatilhados pela FPF para recomeçar, tão logo as autoridades sanitárias autorizem.
O Carajás já está rebaixado. Se a bola voltar a rolar e o Tapajós cumprir a ameaça, se juntará ao Carajás, beneficiando o Itupiranga, atual penúltimo colocado.
No mais, Paysandu e Remo esperam pela definição dos outros dois finalistas, que também terão acesso à Copa do Brasil (3º colocado) e Série D (3º e 4º lugares). O Castanhal está na 3ª posição e o Paragominas vem logo atrás, seguidos por Águia, Independente e Bragantino, que ainda têm chances.
O Paysandu mantém sua posição pela finalização imediata, sendo declarado campeão por estar na liderança no momento em que o campeonato foi paralisado. O Remo reprova e, assim como a FPF, trabalha pela conclusão em campo.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 19/05/2020