A reunião virtual realizada pela Federação Paraense de Futebol (FPF), envolvendo a Comissão de Elaboração do Protocolo de Segurança, discutiu aspectos do projeto de retorno do futebol no Estado, mas deixou mais dúvidas do que respostas para os dirigentes dos clubes. Profissionais de saúde, arbitragem e representantes de atletas também participaram.
De novidade, praticamente nada. Ficou sacramentado o que já havia sido definido em reuniões anteriores: o retorno seguirá as orientações do Ministério da Saúde e do protocolo preparado pela CBF. Só será possível voltar a campo quando a prática não representar riscos à saúde de jogadores, comissões técnicas e demais profissionais envolvidos.
A CBF ficou de repassar à Federação as diretrizes adotadas pelo Ministério da Saúde para que o protocolo paraense seja seguro. Uma nova reunião está marcada para terça-feira (02/06), para que os temas sejam atualizados e aprovadas novas providências na programação de retomada do futebol.
É até provável que, dependendo dos números da pandemia no Pará e do ritmo de contágio, seja finalmente marcada data para que a bola volte a rolar, mas um item, em particular, vai concentrar as atenções de clubes e atletas no próximo encontro.
Afinal, quem irá arcar com os custos dos testes rápidos e demais providências para a fase pós-quarentena? Todas as conversas até o momento giram em torno de deveres e cuidados a serem adotados para que os clubes voltem às atividades, mas ninguém define responsabilidades quanto à parte financeira dessas providências.
Os clubes, penalizados com a perda de receita com a interrupção do Parazão, não aceitam mais este encargo. Os presidentes Fábio Bentes (Remo) e Ricardo Gluck Paul (Paysandu) deixaram claro durante a reunião que não têm condições de assumir as despesas extras.
Ambos defendem que a CBF e a própria FPF assumam os custos ou, pelo menos, ajudem os clubes. Falam em nome da dupla Re-Pa, mas é preciso considerar que os demais participantes do Parazão enfrentam situações mais difíceis ainda neste momento.
A reunião não chegou a um consenso quanto às despesas dos testes e dos jogos restantes do Estadual. É urgente que a questão seja definida e as responsabilidades sejam acordadas. Os clubes vivem um ano atípico e é justo que sejam socorridos pelas entidades que organizam as competições.
A elas cabe o papel de garantir suporte porque desfrutam de boa vida financeira e, em tese, não têm fins lucrativos. A CBF, principalmente, não pode se esquivar, visto que no final do ano anunciou um superávit de quase R$ 1 bilhão e, mesmo em meio à pandemia, não há notícia de ter perdido a receita dos gordos contratos publicitários com várias empresas.
Blog do Gerson Nogueira, 28/05/2020
Esse último parágrafo diz tudo. CPF é milionária e pode e deve ajudar, já que vive sem fins lucrativos, mas lucra e muito.
Corrigindo amigo, bilionária. Esse quase bilionária e só para disfarça, e so papo furado eles tem é mais de 1 bilhão.
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