Tão discutido como se fosse um problema, o Regulamento do Campeonato Paraense vira solução à medida que é aplicado. Realização dos 16 jogos restantes e com rebaixamento, tão logo seja possível.
O item facilitador do regulamento está na inscrição de jogadores. Todos os clubes ainda podem fazer inscrições, no limite do saldo. Cada clube pode fazer 40 inscrições, até o último dia útil anterior à última rodada da fase classificatória.
O Águia ainda pode inscrever 16 atletas, o Paysandu tem 14 inscrições, o Remo tem 13, Castanhal tem 12, Bragantino e Independente ainda tem 11, Paragominas e Itupiranga com 9, Tapajós tem 7 e Carajás apenas 4 vagas.
O time bicolor resiste à ideia de contratar para a conclusão do Parazão. O Leão pode até negar, mas planeja contratar, até porque está liberando alguns jogadores, dentro de uma avaliação de quem não valeria a pena manter no elenco para a Série C.
Qualquer contratação no pós-pandemia estará nos projetos do título estadual, da Copa Verde (se houver) e do acesso à Série B.
Contratação é assunto proibido em qualquer dos clubes, nessa fase em que se discute redução salarial, mas se em campo o futebol está paralisado, nos bastidores nunca parou. As prospecções e sondagens estão rolando e rendendo. Afinal, com os tempos bicudos que vêm por aí, na economia, o impacto nos salários será inevitável.
Sobre as contratações para o Parazão, o clube com menos inscrições a fazer é o que nem deve ter interesse – o Carajás, que já está rebaixado. Todos os demais têm margem considerável para se recompor ou para se reforçar.
Retorno
Pelo cenário que está formado, as autoridades públicas de saúde só devem liberar o recomeço de atividades no futebol no final de junho ou início de julho. A tendência é que a reta final dos Estaduais seja simultânea às primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro.
Empréstimos
Em asfixia financeira, Remo e Paysandu, que tanto discordaram nas questões do Parazão, agora estão em sintonia fina no propósito de obter empréstimo do Banpará ou de outra instituição, em uma linha de crédito especial. Só assim terão condições de honrar compromissos nesse período de paralisação.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 22/04/2020
