Com dificuldades financeiras com a paralisação do futebol, o Remo tenta manter os salários de atletas e funcionários em dia. O clube conseguiu um patrocínio pelo Governo do Estado referente a Série C do Brasileirão, que adiantou uma cota de R$ 1 milhão para a dupla Re-Pa, mas o clube ainda não recebeu esse valor, já que a Justiça Trabalhista bloqueou.
O Remo realizou um acordo com a Justiça em anos anteriores, para caso houvesse verbas de patrocínio além do que foi acertado, um percentual ficaria retido e outro seria liberado para o clube, mas isso não ocorreu.
Os dirigentes azulinos tentam dialogar para liberar o valor de R$ 610 mil e deixar apenas R$ 390 mil, referentes ao combinado.
O presidente Fábio Bentes afirmou que o clube sempre cumpriu o que foi acordado e que a Justiça do Trabalho está indo na contramão de outros Estados, já que o Remo pede apenas o que foi acordado.
“A Justiça não quer liberar esses valor de R$ 610 mil, pretendendo correr com processos, que esse dinheiro sirva para cobrir despesas futuras, mas discordamos. Não temos pagamentos atrasados e, nesse momento de pandemia em que todos estão cedendo, protelando dívidas, contas de energia, empréstimos, com a Justiça em outros Estados reduzindo bloqueios, justamente a do Pará quer correr com os processos”, lamentou.
O mandatário citou o exemplo da cota da Copa do Brasil, que ficou bloqueada, mas que o clube recorreu e obteve êxito. Bentes adiantou que vai recorrer, caso o resultado da audiência marcada para a próxima terça-feira (02/06), não seja o desejado.
“Não estamos pedindo para mudar o cronograma planejado, queremos apenas que ele seja mantido e que qualquer valor que o Remo tenha, seja para manter o clube. Caso não tenha sucesso, vamos recorrer, como fizemos na Copa do Brasil e conseguimos a liberação desse dinheiro”, relembrou.
O Liberal.com, 30/05/2020