A CBF divulgou na manhã desta quarta-feira (10/03), durante uma transmissão ao vivo por meio do seu canal no Youtube, um relatório da efetividade do protocolo de segurança e combate ao Coronavírus, onde defendeu a continuidade dos campeonatos em meio ao auge da pandemia no Brasil.
“A aplicação do protocolo sanitário, com a convicção ainda mais forte que já tínhamos no ponto de vista teórico, em agosto, quando retomamos, mas agora com convicção da aplicação na prática. Futebol é seguro, controlado, responsável e tem todas as condições de continuar”, disse Walter Feldman, secretário-geral da CBF, antes de passar a palavra ao médico Jorge Pagura.
Esse é o pior momento da pandemia no Brasil. Nas últimas 24 horas, 1.954 pessoas morreram no país vítimas da Covid-19, um recorde. Ao todo, o Brasil perdeu 268.568 vidas para o vírus até a noite de terça-feira (09/03). Só em março, já são 13.550 mortes registradas em solo brasileiro.
Em seguida, Pagura, que é o coordenador médico da CBF, apresentou alguns dados e informações sobre o protocolo que explicam a decisão da entidade em seguir com os campeonatos no Brasil.
“Trabalhamos em conjunto para que a gente pudesse realizar nossa atividade. Somos médicos, treinados para salvar e não há nada mais importante que a vida. Reconhecemos também o problema social como perda de empregos. Tentamos unir preservação da saúde de qualquer maneira e tentar elaborar um protocolo que preenchesse alguns preceitos. Primeiro, a segurança de todos; segundo, a controlabilidade; em terceiro, a manutenção das atividades. Isso norteou nosso trabalho”, disse Pagura.
“Rapidamente, gostaria de dizer como funcionou o protocolo. Tivemos a honra de comandar uma comissão técnica que consta com o maior número de especialistas no nosso país. Colocamos médicos que já tinham experiência muito grande no futebol para que fizessem a interface com os nossos médicos e todos os clubes, que foram ouvidos antes do protocolo”, completou.
Alguns dados apresentados pelo relatório da CBF:
- De agosto até o fim da temporada passada, marcada pela final da Copa do Brasil, 367 equipes estiveram envolvidas em competições da CBF em 20 campeonatos diferentes. Foram 2.423 partidas ao todo;
- Foram realizados testes de Covid nos 26 Estados e no Distrito Federal. Ao todo, foram 112 municípios brasileiros;
- Foram feitos 89.052 testes PCR em pessoas envolvidas nas partidas, sendo 13.237 em atletas;
- Nenhum jogador entrou em campo sem ser testado.
Caso Valdívia
No dia 16/01, um caso chamou atenção na Série B do Brasileirão. O atacante Valdívia, do Avaí (SC), foi comunicado no intervalo do jogo contra o CSA (AL) que havia testado positivo para Coronavírus e, portanto, foi retirado da partida, forçando uma substituição na equipe alagoana.
Convidado para a apresentação do relatório, o epidemiologista Bráulio Roberto Marinho explicou o que ocorreu.
“Valdívia jogou o primeiro tempo da partida e o teste positivo foi comunicado no intervalo. Acompanhamos os 14 dias seguintes no CSA (AL). Três dias depois, 19 testes e nenhum positivo. Seis dias depois, 18 testes e nenhum positivo. Treze dias depois, outros 19 testes e nenhum positivo. Mesmo no cenário extremo, não há transmissão do vírus em campo”, disse.
Globo Esporte.com, 10/03/2021
A CBF talvez não acredite nesses dados fornecidos pelos ditadores dos Estados, e por isso o futebol continua . Talvez o coro… não goste de futebol.
Comments are closed.