O confronto entre Remo e Atlético (MG), pela 3ª fase da Copa do Brasil, que ocorre nesta quarta-feira (02/06), no Baenão, em Belém, pode ser marcado pela “lei do ex”. Só que ela não estará dentro das quatro linhas, já que nenhum dos jogadores de Leão e Galo jogaram no adversário, mas no banco de reservas.
Cuca, o técnico atleticano, tem uma relação muito próxima com o clube paraense, onde já atuou como atleta e treinador. Essa é a primeira vez que ele reencontra a equipe de Belém em 20 anos.
A trajetória de Alex Stival – o Cuca – pelo Leão começou em 1994, quando ainda era jogador. Na ocasião, Cuca fez história, quando o Remo aplicou a goleada por 5 a 1 no Cruzeiro (MG), em pleno Mineirão.
No entanto, esse resultado contra a Raposa foi um dos poucos lampejos do Remo no campeonato. Naquele mesmo Brasileirão, o Leão foi rebaixado à Série B. Na 1ª fase, a equipe azulina somou 6 vitórias, 5 empates e 14 derrotas em 23 partidas, ocupando a penúltima posição. Entre os maus resultados do Remo naquele ano, esteve uma goleada de 6 a 0 sofrida para o Atlético (MG).
A péssima campanha do Remo naquele ano fez com que Cuca, na época um dos melhores jogadores da equipe, tomasse uma atitude que surpreendeu torcedores e diretoria. O atleta se recusou a receber R$ 5 mil de pagamento de salário, no final da temporada. O dinheiro, segundo Cuca, foi inteiramente devolvido ao Remo.
“Tinha um cheque para receber e devolvi. Não achei justo, naquela época, ficar com aquele dinheiro. Pessoal disse que tive uma grande atitude, mas acho que fiz o certo”, contou.
Com a “bênção” de Bonamigo
A ação de Cuca, no final do Brasileirão de 1994, aumentou a moral do jogador no Baenão. Anos mais tarde, já técnico de futebol, o ex-atleta voltou a Belém, desta vez para treinar o Remo.
O retorno foi articulado por um outro personagem, também querido pelo torcedor e ainda presente no dia dia do clube – Paulo Bonamigo, o atual técnico do Leão.
Bonamigo terminava, em 2000, a primeira passagem pelo Leão, após uma campanha de destaque na Copa João Havelange. Na ocasião, levou o Remo até a 3ª posição do Módulo Amarelo, uma espécie de Série B do torneio daquele ano.
A classificação dava aos azulinos a chance de disputar a elite do futebol brasileiro em 2001. No entanto, por uma virada de mesa, o clube paraense ficou de fora da Série A, perdendo a vaga para o Botafogo (SP), que ficou na 4ª colocação.
Apesar do bom retrospecto, Bonamigo deixou o comando do Remo ainda antes do início do Estadual. Para o lugar foi contratado Cláudio Duarte, que acabou colecionando uma sequência de maus resultados e foi demitido.
Para decidir quem seria o novo treinador azulino, a diretoria do Remo recorreu ao antigo técnico Bonamigo, que treinava a equipe do Paraná (PR). Esse, por sua vez, indicou Cuca, amigo e jovem treinador, para o cargo de técnico da equipe paraense.
Ainda hoje, Cuca e Bonamigo são amigos. O treinador azulino, inclusive, comentou o reencontro.
“Muito feliz em rever o Cuca. Nessas andanças do futebol a gente se afasta de amigos que fizemos na bola”, disse Bonamigo.
Porém, a passagem de Cuca como treinador do Leão não foi tão boa quanto o esperado. Cuca foi demitido no meio do campeonato, deixando o Remo em 19º entre os 24 na classificação geral, próximo da zona de rebaixamento.
Lei do ex “dupla”: Auxiliar também passou pelo Remo
Outro membro da comissão técnica do Atlético (MG) que também teve passagem pelo Remo é o auxiliar de Cuca, Eudes Pedro.
Em 2019, após ser eliminado da Série C do Brasileirão, a diretoria do Remo decidiu apostar em um nome novo, que ainda não tinha treinado clubes profissionais. Na ocasião, o escolhido foi Eudes Pedro, que estava com Cuca no Santos (SP), mas buscava uma chance como treinador.
Eudes havia deixado Cuca quando o renomado treinador acertou a ida para o São Paulo (SP). Em fevereiro daquele ano, Eudes tinha obtido a “Licença A” da CBF e decidiu seguir carreira solo.
No entanto, a passagem do novo treinador foi curta e não deixou saudades. Eudes Pedro comandou o time profissional do Remo em apenas 4 partidas, todas pela Copa Verde, onde conquistou 1 vitória, 1 empate e 2 derrotas, a última delas no clássico contra o Paysandu, que determinou a eliminação azulina do torneio.
Mesmo com o desempenho oscilante, o que foi determinante para a demissão foi mesmo o clima ruim no vestiário.
Globo Esporte.com, 01/06/2021
Cheque devolvido e a sua genitora pq vc nao estava em time grande pq veio jogar em time do norte agora ta rico fica falando em cheque sem fundo tomara que o Remo de uma porrada bem grande hoje nesse time do cuca. Bora pra cima Leao!!!!
Quem falou em cheque sem fundo? Foi ele que devolveu o cheque que recebeu como pagamento do salário, não foi o banco que devolveu! kkkkkkkkkk
Ele não fala em cheque sem fundos, falou que devolveu por não achar direito receber tendo sido rebaixado, um grande gesto!
Tanto Bonamigo quanto Cuca, foram, são é sempre serão queridos pela torcida do Clube do Remo. Já fazem parte da nossa História de uma forma totalmente positiva.
Já vi se aplicada a frase “Lei do Ex” para jogador e não para técnico como a tal matéria tenta querer assombrar o Leão. Eu disse tenta, pois não vai conseguir. Acredito numa Vitória do Remo.
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