Uma decisão entre times parelhos, que empataram em 0 a 0 nos confrontos diretos da fase de classificação, deveria ser marcada pelo equilíbrio e não pelo disparate de uma goleada de 8 a 3, no placar agregado.
Nem o mais empolgado torcedor do Vila Nova (GO) ignora que o surto de Covid que acometeu o elenco do Remo foi decisivo na final desta Série C.
Em situação normal, com os times inteiros na primeira partida decisiva, o time goiano – assim como o azulino – tinha plenas condições de vencer. Tem um time bem organizado, com bons valores individuais, como Alex Mineiro, Henan e Pablo.
O retrospecto na competição não fazia crer em uma goleada na final. Ao longo da competição, somente o Imperatriz (MA) sofreu goleadas tão contundentes. Nos demais jogos, pouquíssimas vezes os placares tiveram diferenças superiores a 2 ou 3 gols.
Apesar disso, é plenamente possível que o Vila Nova (GO) se sagrasse campeão e o título seria merecido, como realmente foi, mas a definição seria em duelos bastante acirrados. Daí a conclusão de que o fator “Covid” acabou facilitando as coisas para o time de Márcio Fernandes.
O que desequilibrou a disputa foi a imensa perda que o Remo teve com a contaminação por Covid-l9 de 11 de seus jogadores, dos quais 5 eram titulares.
Não se pode minimizar o fato de que a vantagem imposta na primeira partida tornou a segunda quase que um amistoso, justamente porque os times se equiparam no aspecto técnico. O condicionamento físico azulino foi que destoou no primeiro e, em parte, no segundo duelo.
Porém, há uma brutal diferença na maneira de atuar de um time que precisa descontar 4 gols e um que administra as ações.
Foi assim que se desenrolou a partida final, com o Remo fazendo o gol muito cedo, em belíssima jogada de Felipe Gedoz, mas sofrendo em seguida o empate no arremate indefensável de Alan Mineiro.
Depois, o Remo fez o segundo gol, com Lucas Siqueira, mas permitiu novo empate, ainda no primeiro tempo. É bem verdade que Pablo estava adiantado quando recebeu o rebote do chute de Henan, na trave. Em seguida, finalizou para as redes após assistência do centroavante.
Um gol contra de Mimica garantiu a virada do Vila Nova (GO) na etapa final em momento de maior presença ofensiva do Remo, que subia ao ataque e deixava a zaga desguarnecida.
É natural que o desgaste se manifestasse com mais ênfase no lado azulino, pelo tempo de isolamento da maioria dos jogadores que foram acometidos de Covid.
O placar de 3 a 2 reflete o equilíbrio de forças dos finalistas e é um resultado normal, ao contrário do estabelecido pelos goianos no jogo de ida.
De qualquer forma, a Série C termina em boas mãos. Vila e Remo foram os times mais regulares e os goianos garantiram merecidamente o tricampeonato da Série C.
Aos azulinos, fica a lição dolorosa de que a pandemia não poupa descuidos e falta de zelo com protocolos médicos. O Remo seguiu à risca as recomendações e cuidados desde março, mas bastou um momento de vacilo nos festejos do acesso, em janeiro, para terminar pagando um preço alto demais.
Blog do Gerson Nogueira, 01/02/2021
Culpado dessas derrotas foi essa zaga safada de mica g alemao manda ir embora
Pura verdade.
Mímica após a contusão, desaprendeu a jogar o pouco q sabia, mas mesmo assim continua, isso é estranho e ruim para uma série B.
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