O Remo enfrenta o Vasco (RJ) nesta sexta-feira (19/11), às 19h, em São Januário, no Rio de Janeiro (RJ), com a responsabilidade de pontuar. O objetivo maior é, obviamente, vencer. Nas circunstâncias, porém, o empate não é tão ruim assim, desde que Vitória (BA) e Londrina (PR) não vençam na rodada.
Neste momento, mesmo dependendo ainda do próprio esforço, o Leão não pode perder de vista seus concorrentes diretos na luta pela permanência.
Eduardo Baptista já definiu o time que vai começar a partida. A novidade é a entrada de Erick Flores no meio-campo. Sem Felipe Gedoz, principal articulador ofensivo, o time vai precisar de mobilidade no setor e Flores é um especialista na função. Apesar de ainda não estar 100% fisicamente, após ficar no DM por 2 meses, a situação exige sua presença.
A linha defensiva, que vacilou muito nas últimas 5 rodadas, com responsabilidade direta pelas derrotas contra Londrina (PR), CSA (AL), Operário (PR) e Goiás (GO), está mantida com Kevem e Romércio no centro e Thiago Ennes e Igor Fernandes pelos lados. Não é a formação ideal, mas o técnico Eduardo Baptista segue as dicas do auxiliar João Neto e avaliações dos poucos treinos realizados.
Marlon, que atuou em vários jogos, não foi mais utilizado. O lateral-esquerdo – ou zagueiro – passa mais firmeza e seriedade. Sempre focado, não é de brincar em serviço, nem de adocicar jogadas. Em plena reta decisiva, jogadores desse perfil são fundamentais!
Romércio e Kevem são bons zagueiros, mas muitas vezes se excedem na preocupação em jogar bonito, matar a bola com categoria e sair jogando. Nem sempre é a melhor receita. Na maioria das vezes, despachar a bola para frente é a solução mais indicada, evitando o risco de um domínio errado ou uma furada, como aconteceu contra paranaenses e goianos.
Um ponto a ser observado é que, com a chegada de Baptista, o time passou a funcionar de forma mais solidária, com marcação até no campo adversário. Foi o que se viu no primeiro tempo contra o Goiás (GO), que permitiu que o Remo tivesse a bola por mais tempo sob seu controle.
Contra um Vasco (RJ) sem maiores ambições, mas com a vantagem do descompromisso, a preocupação maior deve ser com a compactação e a vigilância. No 4-4-2 clássico, o Remo terá Matheus Oliveira como organizador, revezando-se com Erick Flores na transição ofensiva.
Matheus, assim como Felipe Gedoz, tem bons recursos técnicos, mas peca pelo desligamento excessivo em alguns momentos do jogo. Habilidoso com a bola nos pés, parece pouco efetivo quando precisa auxiliar na marcação. Dependerá dele o funcionamento do ataque. Victor Andrade tem iniciativa, mas Neto Pessoa não entra em ação se a bola não chegar.
Nau vascaína só quer um final de campanha digno
Para encarar o Remo, o Vasco (RJ) tem a volta do artilheiro German Cano, que cumpriu suspensão automática contra o Vila Nova (GO). Sob a direção do técnico do time Sub-20, os planos se limitam a mostrar dignidade na reta final da Série B. A frustração ainda é grande com a perda do acesso, mas os jogadores tentam mostrar serviço de olho na próxima temporada.
Daniel Amorim, que marcou um golaço em Goiânia (GO), é um dos mais entusiasmados com a chance no time titular e deve ser companheiro de Cano no ataque. Léo Jabá, Zeca, Walber e Andrey já estão afastados, após receber férias antecipadas.
Outros jogadores também já saída ou renovação de contratação. Sem aspiração a nada e certamente com pouca torcida, o Vasco (RJ) mergulhou no clima de fim de festa, o que pode beneficiar o Leão.
Blog do Gerson Nogueira, 19/11/2021