Os técnicos costumam dizer quando a vitória não vem que só faltou a bola entrar. Nem sempre é verdade, obviamente. No caso do jogo entre Remo e Coritiba (PR), nesta segunda-feira (04/10), Felipe Conceição tinha toda razão em lamentar.
Por detalhes, a vitória acabou escapando do Remo, que fez por merecer, principalmente no segundo tempo, quando envolveu por completo o time paranaense.
O que faltou para vencer? Ao Remo, faltou principalmente contundência ofensiva, que é a capacidade de transformar em chance real o que é apenas ensaio de perigo. Em muitos momentos, o time criou situações extremamente interessantes no ataque, mas faltava uma presença física na área.
Foi assim no primeiro tempo, quando em escanteio cobrado por Matheus Oliveira, a bola chegou a Lucas Siqueira embaixo da trave, mas o volante se atrapalhou e acabou finalizando por cima da meta, em um lance tipicamente fatal para um centroavante. Depois, Lucas Tocantins desviou à direita da trave de Wilson.
Além dessas tentativas, pouco igualadas pelo Coritiba (PR) em termos de ataque, o Remo lançou muitas bolas na área sem qualquer objetividade, porque não havia ninguém capaz de desviar em direção ao gol.
Os problemas do Remo na etapa inicial nasceram da insegurança pelo lado esquerdo, onde Raimar se atrapalhou com as arrancadas do veterano Rafinha. Isso levou a trapalhadas coletivas, como quando o goleiro Thiago Rodrigues dividiu uma bola com Igor Paixão, em lance que quase resultou em gol.
Sem o apoio dos laterais, o Remo careceu de maior presença no ataque. No meio, Marcos Júnior, Artur e Lucas Siqueira não funcionaram outra vez e o excesso de falhas nas tentativas de alongar passes comprometeu a transição.
Matheus Oliveira, desligado no começo, melhorou na reta final da partida quando o Remo se lançou com mais intensidade ao ataque.
Quando Felipe Conceição fez as mudanças habituais no segundo tempo, lançando Jefferson, Pingo, Renan Gorne, Rafinha e Neto Moura, o time cresceu e encurralou o Coritiba (PR).
Logo no recomeço da partida, Tocantins finalizou jogada de Matheus Oliveira, mandando na trave paranaense. Foi a segunda grande chance remista na partida. Depois, Felipe Gedoz bateu colocado e o goleiro desviou a bola para escanteio.
Com marcação adiantada, o Remo não permitia que o Coritiba (PR) saísse de seu campo. Rafinha apareceu bem em dois lances chutando com perigo, enquanto Gedoz passou a funcionar como um ponta, apresentando-se para uma finalização que desviou na zaga e passou rente à trave.
O jogo terminou com a frustração pela falta de gols, mas com um grande susto no minuto final, quando William Alves ficou cara a cara com Thiago Rodrigues, mas o goleiro saiu bem do gol e evitou uma injusta derrota.
Cenário típico das oscilações e surpresas que a Série B oferece.
Na entrevista pós-jogo, Felipe Conceição deu algumas explicações para a insistência com alguns jogadores que têm tido baixo desempenho, como Lucas Siqueira, Arthur e Marcos Júnior. O técnico observou que os treinos determinam as escolhas, o que é perfeitamente compreensível.
Disse, ainda, que o torcedor cobra alguns nomes, mas que a responsabilidade dele é com o funcionamento do modelo de jogo que o Remo pratica. Em resumo, algumas peças seguirão merecendo espaço, mesmo que se observe deficiência e um rendimento aquém do esperado.
Cabe apenas salientar que é sempre possível aperfeiçoar o modelo, mesmo encaixado e responsável pela segura caminhada do time até aqui.
Blog do Gerson Nogueira, 05/10/2021
Jogamos muito bem contra o LIDER da serie B,e nao ganhamos por pura falta de sorte;precisamos melhorar os treinos de bolas paradas(decidem um jogo)e chutes de fora da area tambem!
O modelo de jogo que o Remo prática é totalmente inócuo porque não faz gol não adianta criar situações de gol se não há finalizador de qualidade pra colocar a bola pro fundo do barbante…..
Concordo! Não se trata de modificar o modelo, mas de se ter uma variação no cardápio de jogadas. Mesmo com a entrada de um jogador muito limitado pela má fase, o Gorne, foi visível no jogo contra o Curitiba a melhora do Remo com o Gedoz mais recuado, realizando lançamentos e jogadas pelo meio e chegando no ataque. Conceição tem muitos créditos, mas precisa olhar o que todo mundo está percebendo e ele não, talvez porque o cotidiano lhe embote a visão. Mas é bom lembrar que ele tem 31 pts nos 19 jogos que comandou o time, ou seja, se dobrarmos isso, o remo seria candidato ao acesso. com 62 pts.
Tem cada viagem, só os muitos apaixonados transformam defeitos em acertos. O Remo está em uma competição de futebol, onde o que vale é bola dentro gol, simples assim. O peso do gol é o mesmo, não importa se ele foi feito de cabeça, barriga, de costas, de bicicleta, trivela, quadrivela, com pulo, sem pulo ou qualquer outra coisa, mas, como somos muito bons, inventamos o vencedor moral, aí meu, não tem para ninguém, perdemos, porém jogamos melhor ou não perdemos para ninguém, o que não significa nada para a competição. O que foi feito no passado, só serve acrescentar no presente e projetar o teu futuro, porém, se o presente trava, futuro e passado vão se igualar e teu passado não serviu para nada.
A filosofia foi boa,gostei.Mas a grande verdade que falta coragem para o tecnico Felip Conceicao,essa serie b nao e bicho de sete cabeca da pra chegar,mas pareceme que o tecnico so quer se livrar do z 4,
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