Artilheiro do Leão em 2022, o atacante Brenner chegou ao seu 10º gol na temporada, na goleada do Remo sobre o Campinense (PB) por 4 a 0, na segunda-feira (06/06).
Um dos destaques da equipe azulina, o jogador retornou esse ano ao Brasil após período no futebol asiático. Aos 28 anos, o atleta viu no Remo uma oportunidade de resgatar a carreira. A escolha pelo clube paraense não foi por acaso. Ele se diz bem no clube, algo que não acontecia desde quando saiu do Botafogo (RJ), no fim de 2018.
“Quando cheguei aqui no Remo, falei que foi uma retomada na minha carreira. Era algo que sentia que estava precisando. O que estou encontrando aqui era algo que não encontrava desde o Botafogo (RJ). Me senti bem feliz, acolhido. Isso tem sido muito importante para mim”, revelou.
O atacante chegou em um time em formação no início da temporada, com um clube recém-rebaixado para a Série C do Brasileirão. Por isso, já havia a pressão de conseguir bons resultados e a missão de recolocar a equipe na Série B nacional.
“Muito da nossa cobrança era ainda do peso do ano passado e esse ano chegamos carregando esse fardo. Temos que saber lidar com isso. Jogo a jogo, vamos mostrando bons resultados e isso vai chamando os torcedores para o nosso lado. Acho que vem dando tudo certo”, comentou.
“Temos uma percepção de como vai ser, mas quando chegamos aqui, temos esse choque de realidade. Você sente a torcida vindo, o fanatismo. Realmente, não sabia como era chegar aqui e ver a torcida toda cobrando”, falou Brenner.
O Remo está na 5ª colocação da Série C, com 16 pontos. O time é um dos favoritos ao acesso e terá uma sequência um tanto complicada nas próximas rodadas, com Volta Redonda (RJ), Altos (PI), Figueirense (SC) e o rival Paysandu, naquele que é o clássico mais disputado do planeta – o Re-Pa.
“Particularmente, gosto dessa pressão, desses jogos grandes e decisivos. É muito bom de se jogar. Você tem que estar vivendo o clássico, almoçando, jantando, dormindo e pensando nele, para que na hora você esteja focado fazer o melhor jogo”, declarou.
O Leão volta a campo nesta segunda-feira (13/06), a partir das 20h, para enfrentar o Volta Redonda (RJ), no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ). O jogo é válido pela 10ª rodada da Série C e terá transmissão ao vivo e exclusiva pela DAZN. Clique aqui para fazer sua assinatura agora e ganhe 30 dias grátis.
Brenner começou a carreira nas categorias de base do Juventude (RS), onde passou pouco mais de 3 temporadas no time profissional. Em 2016, foi vice-artilheiro do Gauchão, com 7 gols, ajudando o time na campanha do vice-campeonato estadual. Em seguida, se transferiu para o Internacional (RS).
“Fiquei 2 anos no Inter. Quando fui vendido, tive uma lesão e fiquei tratando lá até ser contratado definitivamente. Em 2016, estava no plantel, pude acompanhar internamente o que foi aquele ano complicado (rebaixamento). Joguei pouco naquela temporada realmente”, lembrou.
Recuperado e nos planos para reerguer o clube, o atacante teve mais oportunidades e pôde jogar ao lado de craques. Conquistou a Recopa Gaúcha e o vice do Estadual, antes de sair do Beira Rio, no início da Série B de 2017.
“Em 2017, consegui jogar mais. Joguei ao lado do D’Alessandro, Nico, Alex e Sasha. Acabamos aprendendo como foi conturbada as coisas lá em 2016. Nesses 2 anos, aprendi bastante, tanto no lado negativo quanto no positivo, que foi em 2017, quando apareci”, contou.
Um dos grandes companheiros de Brenner foi o argentino D’Alessandro, que se aposentou no mês de março. O atacante azulino revelou detalhes do convívio com o agora ex-jogador e citou algumas características do companheiro.
“Como pessoa e como jogador, ele é sensacional. Ele tenta ajudar quem está chegando, era sempre o primeiro a chegar no treino, estava sempre brigando por nós no vestiário. Se tinha que assumir alguma coisa, se expor perante a diretoria, ele estava sempre lá, dando a cara. Você podia contar a qualquer momento com ele. A carreira dele diz por si só. Ganhou tudo na seleção (argentina), no Internacional (RS) e agora ele é até cidadão brasileiro”, falou.
“Só agradecer pelo o que ele fez, pelos ensinamentos. Ele é um dos jogadores que tem que se espelhar. Que agora ele desfrute da aposentadoria dele e que essa nova etapa na vida seja vitoriosa, assim como foi dentro das quatro linhas. Tenho certeza que a pessoa que ele é e da maneira que ele trabalha, as coisas vão continuar dando certo na vida pessoal e profissional”, disse.
Emprestado pelo Internacional (RS), Brenner teve boa passagem pelo Botafogo (RJ), onde disputou 19 jogos ainda em 2017, marcando 6 gols. No ano seguinte, foi artilheiro da equipe com 10 gols (ao lado de Kieza) em 45 partidas. Pelo clube carioca, conquistou o Estadual, sendo um dos destaques da equipe no ano.
“Foi incrível jogar no Botafogo (RJ), no Rio de Janeiro (RJ), que para mim é uma das melhores cidades do mundo. Então, foi muito boa essa experiência de disputar a Série A. Foi gratificante ser campeão carioca, dentro do Maracanã, acho que é o sonho de todo atleta. Só tenho a agradecer ao Botafogo (RJ), clube que tenho um carinho enorme”, declarou.
“Trabalhei com Jefferson, Gatito, Dudu Cearense, Igor Rabelo, com o próprio (Rodrigo) Pimpão, que agora é meu companheiro aqui no Remo, foi uma honra”, disse.
Apesar do bom momento, Brenner não seguiu no Botafogo (RJ). Segundo o atleta, problemas internados atrapalhando na renovação e então ele acabou saindo para Goiás (GO) e depois para o Avaí (SC), ambas passagens sem sucesso.
“Foi bem difícil depois que saí do Botafogo (RJ). Algumas coisas internas me deixaram bem chateado e acabei não renovando com o clube. Fui para o Goiás (GO) e as coisas acabaram não acontecendo da maneira que queria. Tentei mudar os ares, fui para o Avaí (SC) e as coisas também não aconteceram. Enfim, dessas lições, acabamos aprendendo bastante coisa”, falou.
No início de 2020, Brenner rescindiu o contrato com o Internacional (RS) e se transferiu para Bangkok United (Tailândia). Mesmo com a alta da pandemia do Coronavírus na época, o atacante valorizou o momento em que passou no clube.
“Foi uma experiência incrível jogar fora e poder aprender. No começo é complicado de adaptar, mas depois as coisas acabaram acontecendo. Porém, veio a pandemia e o futebol ficou parado 6 meses por lá. Quase não joguei e o treinador ainda foi mandado embora. As coisas foram virando uma bola de neve”, lembrou.
Mesmo assim, o jogador guardou boas lembranças do futebol asiático. Com descontração, ele contou um detalhe curioso sobre a culinária tailandesa.
“Eles gostam muito de comida agridoce. Estava na hora do almoço e lá tinha uma sopa que eles serviam e depois o rapaz vinha com 3 colheres de açúcar para colocar na sopa”, falou.
No fim de 2020, ele retornou ao Brasil, onde não ficou muito tempo. Logo surgiu uma oportunidade de defender o Fagiano Okayama (Japão), mas Brenner pouco atuou pela equipe. O atacante também trouxe boas lembranças do país, como a dificuldade em tirar a carteira de motorista.
“No Japão, temos que tirar a carteira fazendo a prova igual no Detran. Reprovei só 7 vezes”, contou, bem humorado.
“Vocês não estão entendendo como é a prova lá, é uma coisa inacreditável. Teve um outro brasileiro que me ajudou muito e ele reprovou 9 vezes, ele já está lá há 10 anos. É uma loucura, você errou um detalhe e já está reprovado”, afirmou.
“Aprendi muito lá com os japoneses. Na educação, cultura, a maneira que eles entendem o futebol. Foi um aprendizado gigantesco”, encerrou Brenner.
Globo Esporte.com, 09/06/2022
Este jogo contra o Volta Redonda está me deixando preocupado pois o Bonamigo põe o time recuado quando joga fora de casa como aconteceu contra o Cruzeiro, Ypiranga é ataque do adversário contra defesa do Remo, precisamos ganhar esta partida não empatar para chegarmos no topo da tabela de classificação e vamos cecar a mucura para podermos ultrapassa–la.
Brener,vc tem que treinar mais finalizações, anda perdendo bolas fáceis,poderia estar com o dobro de gols marcados na temporada!
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