Os 20 clubes que vão disputar a Série C do Campeonato Brasileiro deste ano se reuniram na manhã desta quinta-feira (06/01) e chegaram a um acordo sobre o formato de disputa da competição já para este ano.
A reunião aconteceu de maneira remota e, além de representantes dos clubes participantes, recebeu ainda a Associação de Clubes, mas não contou com a presença da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A ideia era debater formatos e eventuais mudanças para a competição. Daí surgiram as propostas a serem apresentadas em breve à CBF.
Houve apenas uma convergência unânime, que foi justamente repetir na Série C, já a partir deste ano, o formato utilizado nas Séries A e B, ou seja, com 20 times se enfrentando no sistema de todos contra todos, em jogos de ida e volta, totalizando 38 rodadas, com a equipe que somar mais pontos sendo a campeã, mas condicionando à CBF oferecer pelo menos 50% do valor que é dado a cada clube da Série B.
Em 2021, cada clube recebeu cerca de R$ 8 milhões de cotas de transmissão na Série B. Ou seja, os 20 clubes da Série C aceitam um torneio longo, de pontos corridos, de ida e volta, desde que haja uma cota fixa de aproximadamente R$ 4 milhões para cada.
Os clubes ainda debateram outros tipos de fórmula, mas já houve uma divisão notória. O bloco do Nordeste, composto por 9 clubes, prefere que, sendo mantida a realidade sem cotas de transmissão, o torneio seja disputado da forma como vem sendo atualmente, com 2 grupos regionalizados na 1ª fase e 2 quadrangulares do acesso, cruzando-se os 4 melhores de cada chave.
Por outro lado, o bloco com clubes do Sul, Sudeste e Norte, além da Aparecidense (GO), único clube do Centro-Oeste, estão desconfortáveis com o torneio acontecendo de maneira regionalizada. Eles sugeriram no encontro – e vão levar até a reunião futura com a CBF – uma proposta de competição com todos contra todos em partidas só de ida.
Ou seja, com 19 rodadas na 1ª fase, mantendo a 2ª fase do mesmo jeito atual, com quadrangulares disputando o acesso. Os 6 melhores colocados da última Série C 2 os 4 clubes que caíram da Série B jogariam 10 partidas em casa e 9 fora, com os demais jogando 10 fora e 9 em seus domínios.
Globo Esporte.com, 06/01/2022
São fórmulas distintas. O sistema de ponto corrido, por ser mais longo, exige que o time tenha um plantel mais regular com substitutos a altura dos titulares. Além disso, prima pela regularidade. No sistema mata mata, mesmo um time melhor tecnicamente pode perder para um time com mais disciplina tática e vigor físico. Financeiramente, a fórmula de pontos corridos é melhor para times de massa que podem fazer boas bilheterias e assim engordar a a cota de participação no torneio. Que rolem os dados.
Lá vai bronca pra que não formar um grande plantel…fato
Seria menos pior manter os dois grupos regionalizados, porém, com uma única alteração que seria os times de grupos de diferentes se entrando em um turno (10 jogos) e mais os confrontos de ida e volta dentro de cada grupo (18 jogos), perfazendo um total de 28 rodadas. A fase final seria igual a das últimas duas temporadas.
Porém, acredito que o que realmente mudaria a Série C para melhor seria a ampliação do número de participantes para 28 ou 32 times que seriam divididos em dois grupos de 14 ou 16 times.
Preferia a fórmula dos pontos corridos, apesar de, nao achar que favoreceria os clubes do norte que precisaria de um plantel de médio a bom, mas financeiramente sim nas bilhererias.
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