O Remo corre atrás de um executivo para assumir o lugar de Nei Pandolfo, demitido após o término da Série C. O desafio de ocupar esse cargo no clube azulino, uma equipe do Norte do país é grande, segundo os executivos Carlos Kila e Fred Gomes, que já ocuparam o posto e que conquistaram acessos no Leão.
É comum torcedores questionarem a diretoria sobre algumas contratações que não deram certo, ou que deram certo em determinado clube, mas não em Belém.
Carlos Kila e Fred Gomes relataram as dificuldades que o novo executivo azulino poderá enfrentar, com base no que vivenciaram quando estiveram no Baenão. Segundo eles, o alto custo de vida em Belém contribui bastante para que jogadores evitem jogar na capital paraense, além de competir com Estaduais mais atrativos que o Parazão.
Vice-campeão da Copa Verde e da Série C e que conquistou o acesso para a Série B em 2020, Carlos Kila citou mais algumas situações que prejudicam o andamento das negociações com atletas.
“A maior dificuldade que percebi é nas contratações de início de temporada. Existem competições muito mais atrativas para os atletas e seus agentes. Quando pensamos em um atleta, temos que pensar também no agente, na remuneração dele. O agente sempre vai procurar colocar o jogador onde ele ganhe sua comissão. Então é muito difícil contratar neste momento. A receita é fazer o contrato com o jogador prevendo o Estadual, mas longo, prevendo também os todos os campeonatos, mas é um risco”, disse.
Kila disse ser desafiador trabalhar na região Norte e enumerou algumas situações em que é levado em consideração na hora de fechar com um atleta, sem que esse custo seja alto para o clube, além da importância do treinador no processo de montagem do elenco.
“É um desafio trabalhar no Norte, pois estamos em uma região isolada. É bacana o envolvimento do torcedor com o clube e em Belém existe uma rivalidade fantástica. Foi muito prazeroso, mas Belém é uma cidade que possui um custo de vida alto em relação a outras capitais, como locação de apartamentos, carros, energia elétrica. São custos muito acima da maioria das capitais e isso não é fácil. É preciso ter esse convencimento dos atletas, relação com o mercado”, comentou.
“Por isso, é necessário que o novo executivo tenha uma boa relação no mercado e, fundamentalmente, o envolvimento do treinador no processo. É necessário construir o processo com o executivo e, em seguida, com o técnico”, falou.
A pressão do torcedor em momentos difíceis pode levar ao fracasso, segundo Carlos Kila. Para o executivo, é necessário realizar uma blindagem em vários segmentos, dos jogadores à diretoria, para que a pressão não chegue ao gramado.
“A torcida em todo lugar é assim. Se o time estiver bem, ela apoia. Caso contrário, traz um trauma, uma pressão muito grande que acaba prejudicando. É necessário blindar esse ambiente externo quando o momento ruim vier, tanto com jogadores, dirigentes. Isso é fundamental para que o executivo passe a tranquilidade ao grupo de trabalho, para que se tenha resultado. Se não for feito, isso passa para dentro de campo”, contou.
Em 2015, o Remo passou por um momento turbulento. Sem calendário fixo, o Leão precisava conquistar o Parazão para garantir uma vaga na Série D do mesmo ano e na Copa do Brasil de 2016. Quem esteve à frente da montagem do elenco foi o executivo Fred Gomes, que conquistou encerrou aquela temporada com o acesso para a Série C.
“As dificuldades existentes para ser executivo do Remo é a distância, seguido do custo de vida, que é alto e, por último, a visibilidade em relação ao mercado, referente a região, mesmo sabendo da grandeza e do tamanho do clube”, afirmou.
“O desafio em relação a trabalhar em um clube do Norte existe e possui as mesmas responsabilidades de se trabalhar em outra região, mas a dificuldade é a não profissionalização, que muitos setores do clube não são, além de ser conhecedor do processo futebolístico”, apontou Fred Gomes.
O Liberal.com, 08/10/2022
Se continuar buscando jogadores do sul sempre será um desafio, o mais prático é ir procurar talentos na região norte e centro oeste, tem muito talento oculto desejando uma oportunidade.
Esses caras colocam dificuldades para poder se valorizar mais,fazer contratos altos(salarios);não acredito que trabalhar no REMO seja pior que trabalhar numa chapecoense,juventude,tombense,Cuiabá,Sampaio,ora vão tomar banho!!!!
Concordo Vicente.
Mas a falha eh da diretoria em sempre trazer profissionais que nao conhecem do futebol do estado/regiao. Pelo que estou vendo, esse ano/proximo ano vamos cair no mesmo erro, pois estao negociando com o executivo da Chapecoense. Sera mais do mesmo, ja estou ate vendo!
Porque o Remo deveria contratar um executivo daquo mesmo um ex jogador Dico. Dutra. E outros contratar jogadores locais e do Nordeste centro oeste
Time sem projeto, sem padrão, todo ano muda de treinador. Valoriza a base e traz um ou outro com experiência, pelo menos dá para vender jogadores depois…
Pergunto: são Luís é aqui do lado de Belém, será que não é distância também? E vejamos o elenco do Sampaio, quem era Poveda? Quem era Catatau? Quem era Rafael? O único que se conhece nacionalmente é o pimentinha.
Hoje Poveda é um dos artilheiros da série B, Catatau é quem arrasta pela direita, e Rafael vindo do Banco para dar a vitória.
Pelo que vejo nosso problema está nas contratações mesmo. Poveda não ganha mais que o Brenner ganhava no Remo. Catatau não ganha mais que o Leandro Carvalho ganhava no Remo.
Nosso problema está nas escolhas dos profissionais.
Vdd tanto remo como passando for atrás de jogador de talento no interior aqui msm até aqui no norte em contra bom jogado e só trabalhar aí vcs vão ver o fruto e pegar uns jogado de fora com qualidade por vcs viram passando ganhou td na queres tempo maioria era jogador local
E, por quê no Maranhão da Certo há Anos!
Discordo em vários aspectos:
1. Cidade isolada ?
2. Alto custo de vida ?
Em Belém existem vários voos diários para São Paulo/ Rio de Janeiro e demais capitais.
Alto custo de ?
Comparado com que/quem…
Belém se come bem e barato, se mora barato é só comparar com outras capitais.
E além do mais aqui se paga altos salários e em dia.
O que precisa é pararmos com esta mentalidade de “cachorro vira lata” e exigirmos qualidade de jogadores e profissionais do ramo.
Concordo na vantagem de voos para os grandes centros, se comparando com são Luís. Mas agora dizer que Belém é barato? Não concordo. Tenho apartamento em Belém e São Luís, os dois são da mesma construtora MRV, e paguei muito mais caro em Belém. Porém ainda vejo que o problema de nosso Remo, são péssimas escolhas de jogadores.
Aqui no Sampaio o Sérgio Frota (presidente) é quem contrata e demite, mas vem acertando nos últimos anos em nomes como, Poveda, Caio Dantas, etc… Precisa saber escolher quem realmente quer um lugar ao sol, não quem já quer se esconder do sol.
Eu concordo com os executivos quando dizem que jogadores com algum nome não querem vir pra Belém. Isso é um fato. Não adianta. Paysandu já viveu o mesmo. Nós que somos daqui estamos acostumados, mas a maioria dos profissionais que adquiram sucesso não quer abrir mão das facilidades de outras regiões (ótima logística, baixo custo e qualidade de vida do nordeste e amplo acesso a produtos e serviços no sul e sudeste). A solução é investir na base e ter finanças sólidas. O time deve ser composto por 60% de jogadores da base e daqui da região norte, bem como da nordeste e centro-peste. Aí o Remo deve fazer caixa e ir mercado para fazer contratações pontuais. Vai ter que cobrir ofertas de concorrrentes. Além de dinheiro, tem que mostrar a infraestrutura e comprovar que paga em dia.
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