No gramado, mesmo com a conquista azulina no Campeonato Paraense, em geral, a trajetória do Clube do Remo em 2022 foi desastrosa com base naquilo que foi tratado como meta pelo torcedor e pelos próprios dirigentes, com frustração pela eliminação ainda primeira fase da Série C.
No próximo ano, a equipe deve receber uma cobrança ainda maior, mas acima disso, um detalhe expressivo – será o último ano de gestão do atual presidente, Fábio Bentes, à frente do Conselho Diretor (Codir) e a construção de um legado positivo é o que deverá mover a condução do clube.
Para o cartola azulino, ciente da pressão e pelo aguardo de uma resposta positiva que não veio nesta temporada, o pensamento é otimista. O motivo, de acordo com Bentes, é a experiência e a possibilidade de adentrar, pela primeira vez desde o final de 2018, com a casa arrumada, um fator imprescindível na busca pelo sucesso dentro e fora de campo.
“Encontramos, em um primeiro ano, algo muito difícil do ponto de vista financeiro. Não é segredo para ninguém. Estávamos com 5 meses de salários de funcionários e jogadores, mais 7 meses de atraso nas parcelas da Justiça do Trabalho e uma série de dívidas administrativas, fora a dificuldade em arrecadação, com material, camisas, patrocinadores. Havia essa dificuldade”, lembrou.
“A gente procurou administrar o clube com o que era possível. Praticamente 50% do que entrava, o que não era muito, era direcionado para as dívidas. No segundo ano, com a casa um pouco mais arrumada, tivemos a dificuldade da pandemia. Foram anos que perdemos bilheteiras que sempre representaram 70%, 80% da receita. Nesse período, conseguimos grandes resultados, com um acesso e um título. Como poucos clubes, mantemos os salários em dia. As maiores dificuldades foram essas questões em arrumar a casa”, detalhou.
Até por isso, mesmo com a péssima gestão no futebol profissional em 2022 no aspecto de resultados, contratações de jogadores e executivos e um poder de reação nulo, como foi no caso da vinda do técnico Gerson Gusmão como “salvador da pátria”, Fábio Bentes entende que o próximo ano será o de divisor de águas para o Leão.
O próximo ano será seu último à frente da presidência azulina. O que será feito – e como – para encerrar o ciclo de maneira positiva? Qual será o seu legado?
Quanto ao legado, já está sendo organizado. Reabrimos o estádio, adquirimos o Centro de Treinamento, o trabalho no NASP, vamos quitar as dívidas trabalhistas no ano que vem e, se Deus quiser, estamos focados em administrar a dívida tributária, que está em dia. Iniciamos a dívida cível, que é outro “problemaço”. Então, acho que já temos esse legado. No futebol, chegamos em 6 finais. A meta é pelo menos chegar em 2 finais em 2023b e fechar com chave de ouro com os títulos. A meta para o ano que vem é conquistar ao menos mais um título e o acesso. Acho que de legado já temos muitas coisas.
O clube teve evolução administrativa, mas faltou regularidade no futebol, principal ponto cobrado pela torcida. Por que um lado vai bem e o outro não?
As maiores dificuldades que tivemos no começo da gestão foram essas questões em precisar arrumar a casa. Talvez esse seja o principal motivo para uma falta de regularidade em campo – a necessidade de arrumar a casa. Em 2023, vamos entrar em uma nova fase. Nossa capacidade de investir aumentou, conseguimos melhorar as arrecadações. Entendemos que o futebol precisa ser tratado 100% profissional e estamos prontos para alçar voos maiores também dentro do campo.
Qual será o orçamento para o ano que vem?
Temos um planejamento de arrecadação global para o ano inteiro de R$ 20 milhões, mas isso não é só pra investir no futebol. No futebol, acreditamos que teremos algo em torno de R$ 800 mil nos primeiros meses e R$ 1 milhão no restante do campeonato, mas isso não é apenas para a folha dos jogadores. É para a despesa de todo o Departamento de Futebol. Essa é a nossa previsão do ano que vem.
Qual o projeto para o CT azulino em termos de modernidade?
Com relação ao CT, já estamos em fase de conclusão do campo principal. A gente vai ter um campo na mesma qualidade do Baenão, que é sempre muito elogiado pelos times e adversários que vêm enfrentar o clube. Será um campo de primeira linha. Iniciamos uma intervenção nos vestiários para melhorar o alojamento para os atletas e, em paralelo, também equipando o refeitório. Está pronta a estrutura física, mas precisa ser melhor equipada ainda para este ano. Em seguida, vamos focar na melhoria nos demais campos, os outros 2 campos que precisam de uma intervenção. Vamos dar uma trabalhada neles. Não vai ficar igual ao principal, mas vai ficar pronto para os treinamentos das categorias de base. Esses são os investimentos inicialmente até 2023, mas buscar recursos para melhorias.
O que falta para o Remo atingir o ápice de profissionalismo no futebol? Em uma auto-análise, o que é necessário melhorar desde que você assumiu?
Para administrar o futebol, teremos um executivo que terá total autonomia para a gestão no Departamento. Ou seja, será profissionalizado. Esse ano, iniciamos esse processo, mas vamos buscar melhorar o perfil dos profissionais que vamos contratar para ter esse controle no dia a dia e ter a presença cada vez menor de diretores estatutários na rotina do Baenão.
Com base no ano ruim em campo, por que o torcedor pode ficar confiante para 2023?
Ao longo desses anos, a gente investiu bastante na reestruturação do Clube do Remo. Reabrimos o Baenão, adquirimos o CT, construímos o NASP, que é um local de reabilitação de atletas e preparação. Tivemos todo um trabalho de recuperação da sede, no ginásio, focamos bastante na questão das dívidas, mas não esquecemos o futebol. Depois desses anos, estamos muito mais prontos para investir no futebol. Sem dúvida, em 2023, vamos concentrar nossas forças por entender que o Clube do Remo precisa voltar à Série B. Esse é o nosso principal foco.
Diário do Pará, 02/10/2022
Acredito que aprendemos e amadurecemos bastante com 2022,e temos tudo para fazer um 2023 espetacular!
SINCERAMENTE ESSE BLA BLA BLA OU MI MI MI DESSE ORELHA DE BURRO É MAIS UM ACASO PARA 2023.
O Clube e o futebol vive de resultados. Há dois anos presidente que o Remo não consegue montar um time. A parte administrativa é muito importante, mas se não transformar em resultados em campo. Chega de sofrimentos para nossa torcida, do primeiro até o último jogo.
Até quando vai sair esse executivo? até quando vai começar definir o plantel para 2022?
Todos os times que disputarão o Campeonato Paraense vão sair na frente do Remo, já que estarão com times formados e em atividade. Nosso Remo será o único que não terá, e ainda, comenta-se alguma pretensão por parte do Presidente F. Bentes. A diretoria demora, depois vem as dificuldades buscar bons jogadores, etc. Acredito que falta determinação nessa gestão, os anos vão passando o Remo fica cada vez mais para trás, e outros clubes desconhecido e “sem torcida” subindo de divisões e o Remo esperando o tempo passar. Se não houver um grande e verdadeiro investimento, vamos correr sério risco de rebaixamento.
Todos já estarão formados e o Remo não?
De que time do Parazão você está falando?
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