Alguns jogadores do Clube do Remo estão sofrendo com lesões na atual temporada. O último a ter uma contusão foi o atacante Ronald, que teve problemas no ligamento cruzado anterior no joelho esquerdo na partida contra o Floresta (CE), que vai deixar o azulino de fora do restante da temporada 2022.
“Ronald, talvez até pela sua característica de jogo, de ser um atleta de velocidade, esteja mais sujeito a esse tipo de lesão. Ele teve uma fratura de clavícula (em 2020). Na ocasião, optamos por tratar de forma não cirúrgica e conseguiu voltar a jogar depois de 2 meses. Desta vez, a lesão foi mais grave por ser no ligamentar do joelho”, explicou o médico do Leão, Jean Klay Machado.
“Sabemos que é cirúrgico, mas ainda não fizemos nada porque o atleta está com bastante dor e com um inchaço, o que dificulta muito a realização dos testes que a gente precisa para definir um diagnóstico completo, associado, naturalmente, ao exame de imagem que foi realizado, que é a ressonância magnética. A partir desse diagnóstico completo, a gente vai poder definir a conduta dele”, completou.
“Acreditamos que a recuperação será em torno de 9 meses. Pode haver, naturalmente, mudanças, de acordo com o que vai ser necessário fazer no caso da cirurgia do Ronald, mas a gente está trabalhando com essa hipótese de algo em torno de 9 meses”, destacou.
Em setembro de 2021, o médico contou os motivos para tantas lesões no clube. Em comparação com este ano, houve uma melhora, mas o objetivo é diminuir ainda mais o índice de lesionados. Jean Klay falou sobre o que o Núcleo Azulino de Saúde e Performance (NASP) vem fazendo no Baenão.
“Em relação as lesões, a gente tem um controle rigoroso. O parâmetro para definir o índice de lesões que é usado pela literatura, é um número para cada 1 mil horas de exposição em jogos. Em 2019, tivemos um pouco mais de 27 lesões pra cada 1 mil horas. Atualmente, temos algo em torno de 22 lesões para cada 1 mil horas de exposição. A UEFA considera como aceitável entre 27 e 20, mas nossa meta é procurar chegar próximo daquilo que se encontra hoje na série A, que fica entre 17, 18 lesões para cada 1 mil horas de exposição. Então, em função disso, fazemos uma série de discussões internas. Temos vários protocolos, naturalmente, multidisciplinares envolvendo todos os segmentos, seja preparação física, fisiologia, fisioterapia, nutrição, odontologia, psicologia, podologia, enfim, todos aqueles segmentos que hoje o NASP oferece aos nossos atletas”, enfatizou.
Apesar da grave lesão, o responsável pelo DM azulino avalia como positivo o trabalho que vem sendo realizado à frente do Remo, que há pouco mais de 2 anos não teve casos com necessidade de uma cirurgia em um atleta. Ele comentou sobre o que vem sendo desenvolvido no clube para evitar esses tipos de problemas.
“Estamos atentos, naturalmente, o tempo todo. Toda vez que ocorre um uma nova lesão, discutimos o que pode ser feito para eventualmente ser prevenido em uma nova. No caso da lesão do Ronald, é uma lesão traumática, um entorse, que é muito difícil de você prevenir. A única questão que você pode fazer com relação a isso, é fazer ele ter uma forma bem ostensiva no clube. Temos que trabalhar a musculatura do atleta, onde terá uma musculatura forte. Assim, ele tende a se proteger dessas lesões”, apontou.
“Felizmente, isso tem sido muito raro. Em termos de cirurgia em atletas nossos, já tinha algo em torno de 2 anos e meio que a gente não fazia nenhuma cirurgia nos nossos jogadores profissionais. Infelizmente, aconteceu agora com o Ronald. Estamos trabalhando para que a gente possa dar o melhor sustento a esse atleta”, finalizou.
O Leão volta a campo na segunda-feira (06/06), a partir das 20h, para enfrentar o Campinense (PB), no Baenão. O jogo é válido pela 9ª rodada da Série C e terá transmissão ao vivo e exclusiva pela DAZN. Clique aqui para fazer sua assinatura agora e ganhe 30 dias grátis.
Diário Online, 04/06/2022