O técnico Paulo Bonamigo foi demitido no domingo (19/06) à noite, minutos depois do jogo entre Remo e Altos (PI), sob impacto direto da surpreendente reviravolta no placar, quando o Leão levou 2 gols em um apagão de 4 minutos.
A torcida ainda vaiava o time e a comissão técnica quando o presidente Fábio Bentes anunciou a saída do treinador, em entrevista concedida nas tribunas do Baenão.
É claro que o gesto deselegante em relação a Bonamigo irrompeu no calor dos acontecimentos, sob a pressão de corneteiros e em atenção aos protestos irados da torcida nas arquibancadas.
A ironia é que, nas últimas semanas, o presidente e seus diretores pisam em ovos para evitar que a demissão tivesse um caráter frio ou humilhante.
Havia o sentimento otimista de que Bonamigo poderia ainda empreender uma reação, levando o time a se estabilizar. Persistia a preocupação em preservar ao máximo o profissional, de forte identificação com o clube nas últimas décadas.
Mesmo com a cobrança diária de conselheiros e diretores, Fábio resistiu o quanto foi possível para garantir a permanência de Bonamigo, que é amigo da cúpula dirigente do Remo, incluindo os vices Antônio Carlos Teixeira (Tonhão) e Marcelo Carneiro.
Pessoas próximas aos dirigentes contam que o trio nutre reverência e admiração pelo técnico, conhecido pela seriedade de atitudes e extrema responsabilidade profissional. Era visível o desconforto em criticar até detalhes corriqueiros do trabalho.
Ainda assim, apesar de todos esses laços de amizade, a ruptura foi desastrosa, açodada. Algo saiu dos trilhos. Demitir é tarefa que faz parte da rotina trepidante do futebol brasileiro. Bonamigo não vinha entregando resultados, portanto, estava permanentemente ameaçado.
O time não convenceu ao longo da Série C. Na verdade, cumpre no Campeonato Brasileiro a mesma trajetória tortuosa vista no Estadual, quando se sagrou campeão perdendo o jogo final por 3 a 1, na Curuzu, exibindo erros e fragilidades flagrantes.
Veio o Brasileirão e os problemas se acentuaram. A lentidão na saída de bola, a hesitação em adotar um estilo mais agressivo, o recuo excessivo após conquistar vantagem mínima no placar. Todos esses pecados foram criando um coro coletivo de reprovação ao técnico, arranhando até o sólido prestígio dele junto à torcida.
Cabe lembrar que, na Série B 2021, o técnico também teve um início reprovado pela torcida. Saiu na 7ª rodada, mas não foi demitido, pelo contrário, pediu demissão ao perceber que não conseguia fazer a equipe jogar competitivamente.
Retornou em 2022, mas não havia mais química. Apesar do título estadual, o torcedor se manteve desconfiado e claramente ressentido pelo traumático rebaixamento da Série B. Em campo, apesar dos bons investimentos em reforços para a Série C, o time não encaixou.
O trabalho não deu liga, o que é normal. Apesar disso, a dispensa deveria ter sido mais digna e respeitosa. Bonamigo, como poucos, merecia isso. Que ninguém venha alegar que vale tudo nesses momentos!
O presidente, reconhecidamente um “gentleman”, assumiu a “persona” de mero torcedor. Podia esperar alguns minutos, descido aos vestiários e comunicado ao técnico a decisão. Não iria alterar em nada a ordem dos acontecimentos, mas honraria os princípios de civilidade.
Bonamigo não é um técnico qualquer, está inserido na história do Remo, como Joubert Meira, Valdemar Carabina, Danilo Alvim, Pepe, Carlinhos Silva e João Avelino.
Gratidão e generosidade são sedimentos do bem-viver. A melhor maneira de pedir desculpas a ele é cuidar para que o deslize não se repita jamais.
O Leão volta a campo na segunda-feira (27/06), a partir das 20h, para enfrentar o Figueirense (SC), no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC). O jogo é válido pela 12ª rodada da Série C e terá transmissão ao vivo e exclusiva pela DAZN. Clique aqui para fazer sua assinatura agora e ganhe 30 dias grátis.
Blog do Gerson Nogueira, 21/06/2022
Não sabemos se já não existia nenhum entendimento já prevendo a saída, mas realmente o que pareceu foi uma atitude intempestiva dar a notícia nas circunstâncias que foi dada. Era, na minha opinião, para esperar e no dia seguinte dar a notícia sem deixar transparecer um possível ação por emoção e descontrole como pôde se admitir, embora, reitero, se saber antecedentes. Enfim! Acontece! Ninguém é infalível.
A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR
A matéria com caráter de “advogado do diabo”, trás na verdade a questão da ética nas relações sociais e um enaltecimento quanto às competências profissionais e de “glórias” e história em relação ao Clube do Remo de Paulo Bonamigo.
É dever de princípio pelo menos deve-se primar por manter-se em qualquer segmento da sociedade, desde a genealogia da ética na cultura ocidental grega, o trato da civilidade, respeito e regras recíprocas de fino trato e respeito com compostura e consideração.
Podemos assim, concordar com o pressuposto da matéria que houve sim evidentemente uma quebra e desvalorização de princípios éticos primeiramente da pessoa, indivíduo, Fábio Bentes para com a outra pessoa Paulo Bonamigo como também ao mesmo tempo, da instituição Clube do Remo através da pessoa Fabio Bentes para com Paulo Bonamigop. Ou seja, aconteceram quebra da ética duplamente.
Também nos trás uma parte comparativa um tanto exagerada ou tentativa de compensação do redator/emissor da matéria em digamos “dar um sorriso amarelo” ou um “tapinha nas costas” de Paulo Bonamigo, ao agrega-lo e colocar junto aos grandes técnicos/treinadores citados, que passaram pela instituição e tantas glórias e triunfos proporcionaram com esquipes bem mais qualificadas que as atuais que passaram pelas mãos e filosofia de trabalho de Paulo Bonamigo.
Portanto, nem tanto ao céu nem tanto a terra.
Querer que o Bentes seja MAIS BANANA AINDA ???!!! Era para o Bonamigo pedir para sair se quisesse respeito… Mas a cada entrevista ele SUBESTIMAVA a inteligência de qualquer remista !!! Viremos a página! Vamos ver se o cara do Botafake presta .
Tenho RESPEITO E CARINHO pelo Prof
.Bonamigo e todo respeito para com ele faz sentido!!!
Li outra matéria no oliberal onde o Bonamigo diz que foi informado de sua demissão pelo João Galvão, e que somente depois, o BENTES apareceu no canal de um determinado repórter dizendo ele não seria mais o técnico do Remo. Contradizendo o que muitos reprovaram como atitude.
Eu apesar de não gostar do esquema de jogo dele, vi que até para explicar sua saída, ele foi realmente muito sensato e educado. Como disse: “Minha história no Remo, não pode ser apagada. Dois acessos, e 1 Estadual”.
Verdade, não podemos esquecer.
Agora, viremos a página, e vida que segue.
Tomara que o Gerson encontre uma forma desse time jogar bem continuamente. Já que no papel é a maior folha da série C. Agora na prática, dá raiva de ver recuando!
Também não poderia deixar de lembrar o colunista, de acrescentar nesse rol de treinadores, a presença mais que obrigatória do grande técnico campeão Roberval Davino.
É só levar ele pra casa.
O coach Bonamigo é um homem de muito caráter, uma pessoa de fino trato e um grande remista. Por isso está no seleto grupo dos grandes ídolos de nós remistas.
Obrigado Bonamigo pelo carinho pelo querido Clube do Remo. Um breve adeus!
Tem umas figuras aqui que devem ser mucuras inftradas,ou não conhecem NADA da HISTORIA do CLUBE DO REMO.
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