Absoluto na função, pelo que apresenta de resultados ao longo dos anos, o goleiro azulino Vinícius tem o seu lugar cativo na onzena inicial do Leão, mas na última semana, ganhou uma sombra para sua posição de ofício com a contratação do goleiro Zé Carlos, de 27 anos, contratado após indicação do preparador de goleiros Juninho Macaé, nome sempre enaltecido pelos arqueiros do Leão.
Zé Carlos é o 4º atleta da posição no elenco, que conta com Vinícius, Yago Darub e Jorge Pazetti, sendo os dois últimos reforços que chegaram também para esta temporada.
Quanto à possível preparação para um substituto à altura do ídolo da torcida, Juninho detalhou como anda os processos no Baenão, além do trabalho minucioso para que a base remista dê frutos mais lá na frente.
Vinícius é fruto de trabalho ou talento?
Os dois. Talento, ele nasceu com isso, mas ele trabalha muito. Ele é um goleiro muito dedicado. Sempre é o primeiro a chegar nos treinamentos, muito profissional e isso ajuda muito a desenvolver o seu desempenho.
O Remo contratou há pouco tempo o Zé Carlos e conta no plantel com dois jovens talentos. Já pensa em uma sombra para o ídolo ou está cedo?
Zé Carlos veio porque faz parte do planejamento. Esse ano a gente tinha o Vinícius, mas como perdemos nossos dois outros goleiros (Thiago Rodrigues e Rodrigo Josviaki), precisávamos de mais. Combinei com a direção em trazer mais goleiros e mais novos, como o Yago (Darub), que tem 22 anos, e o Jorge (Pazetti), com 19 anos. Depois, um goleiro que se destacasse no Estadual. No meu ponto de vista, dois se destacaram, que foi o goleiro da Tuna (Victor Lube) e do Águia (Zé Carlos). Como o da Tuna tinha calendário e o Zé Carlos não, optamos pelo Zé Carlos, mas isso não quer dizer que é um substituto. O Remo tem um grande goleiro e vamos trabalhar. Não sabemos o dia em que o Vinícius vai parar, mas a gente procura trabalhar para poder prepará-los em uma ocasião de jogo e ter um bom desempenho.
O Remo tem dois jovens goleiros no elenco. Eles têm potencial para assumir a posição de Vinícius se for preciso?
Jogar pelo Remo é muito difícil, porque tem na sua história goleiros que dispensam comentários. Tem Edson Cimento, Dico, Weverton do Palmeiras (SP), Clemer, Danrlei, Adriano “Paredão”. Se ficar falando de goleiros bons que passaram, só aumenta a responsabilidade. A gente procura trabalha-los para quando for substituir o Vinícius, jogarem em alto nível. Trabalhamos todos iguais. Se por acaso amanhã ou depois o Vinícius tiver um problema e não jogar, eles vão poder jogar. Tem o Ruan, goleiro do Sub-20, que vem jogando, a gente trabalha muito nele. A gente tem esperança com ele. O único problema é a altura, não é muito alto e o mercado pede altura, mas a gente sabe que aqui no Remo o goleiro que for jogar, vai jogar bem, porque eles trabalham muito.
Seu trabalho à frente da preparação de goleiros dispensa comentários, mas, ainda assim, o Remo ainda não revelou nenhum atleta da posição. O que falta?
O Remo tinha uma metodologia de trabalho diferente da que a gente implantou agora. Agora, com o CT, pudemos trazer goleiros do interior, com uma altura que o mercado exige. Sou adepto do goleiro bom, só que a gente tem que ir renovando de acordo com o mercado. Se ele (mercado) pede de 1,90m ou 1,88m, temos que ir atrás dele. Tínhamos goleiros bons na base, mas que não seriam aproveitados no profissional. A gente mudou esse método. O Remo está trabalhando com o Rafael Biro para formar um goleiro da base. Hoje temos o Ruan, que é um ótimo goleiro, preparado para jogar, só que ele tem 1,79m. Então a gente torce pra chegar um goleiro alto, com estatura, para podermos trabalhar no Sub-15 ou Sub17. Isso é um trabalho a longo prazo, não a curto prazo. Estamos nessa torcida com esse perfil para revelar um goleiro.
Como você encara ser conhecido como o “moldador” do bom desempenho do Vinícius pela torcida?
Fico muito feliz por isso. Já falei outras vezes, a felicidade é muito grande porque estou aqui há um tempo e nunca escondi isso de ninguém. Estou muito feliz no Remo, muito feliz com o reconhecimento da torcida. Isso não tem dinheiro que pague. Vinícius tem o dom que veio nele. Tudo que ele conseguiu é fruto do trabalho dele. A gente ter ajudado na evolução é muito importante, porque o Vinícius quer mais partidas, quer buscar recorde e ajudá-lo nos deixa muito feliz.
O Leão volta a campo neste domingo (01/05), a partir das 19h, para enfrentar o Confiança (SE), no estádio Batistão, em Aracaju (SE). O jogo é válido pela 4ª rodada da Série C e terá transmissão ao vivo e exclusiva pela DAZN. Clique aqui para fazer sua assinatura agora e ganhe 30 dias grátis.
Diário do Pará, 24/04/2022
Juninho Macaé é uma pessoa humilde, um grande profissional, um verdadeiro craque no grupo do Remo e que o clube deve reger por anos pelos efetivos resultados de sua metodologia de trabalho.
Excelente profissional sim,hoje o Remo tem uma retaguarda técnica muito boa,é prosseguir e aprimorar.
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