O novo treinador do Clube do Remo, Marcelo Cabo, deu o recado de maneira categórica após assumir o comando técnico em seu primeiro desafio na carreira em uma equipe da região Norte – voltar à Série B do Campeonato Brasileiro com o Clube do Remo, com um planejamento de sucesso para ambos os lados.
O foco, ao lado das ambições e mecanismos que serão montados para a próxima temporada, foram abordados pelo profissional de 55 anos em sua apresentação oficial na função, na tarde desta quarta-feira (26/10), no estádio Baenão, em Belém.
Pelo Leão, o treinador fará a sua estreia pela competição nacional, algo que ele mesmo classificou como um desafio profissional para comprovar o valor de um plano estrutural a médio prazo.
Acostumado a comandar times nas Séries A e B, Cabo acertou com o Remo no começo da semana como um nome pesado para o futebol azulino em 2023. Vale lembrar que Marcelo Cabo esteve próximo de comandar a equipe paraense pela Série B de 2021. O próprio explicou a não vinda anteriormente para o acordo, agora, em um nível abaixo em termos de competitividade.
“Contextualizando a minha não vinda antes: estava apalavrado com uma equipe da Série A, o Atlético (GO), e acho que a palavra do homem vale mais do que qualquer documento. Falei que em outra oportunidade iríamos trabalhar juntos”, disse.
“Treinei por 2 vezes aqui, conheci as instalações, o trabalho que o presidente vem fazendo. A credibilidade da diretoria me fez olhar com bons olhos, além da força da torcida, trabalhar em um clube de massa com uma torcida como a do Remo, sensibiliza. Essa junção de fatores me fez entender que, para 2023, a escolha do Remo foi a certa”, avaliou.
Com um currículo de expressão, entre acesso e título conquistados pela Série B recente (2016) e uma experiência única com seleções em Copa do Mundo, Marcelo Cabo ponderou a sua vinda a Belém com uma missão transparente.
“Vim para a Série C com o Remo, para voltar para a Série B com o Remo. Não vim aqui para passar 3, 4 meses. Meu planejamento profissional é vir aqui trabalhar pela 1ª vez em uma Série C para subir com o Remo. Isso é planejamento de carreira. É uma opção também porque gosto da cidade. A gente tem um planejamento muito sério. Quem não preencher nosso perfil, está fora”, resumiu.
Confira a seguir outros tópicos abordados pelo treinador azulino:
Gestão de elenco
Hoje o treinador é um gestor de pessoas, de vestiário. Acho que tudo na vida é equilíbrio. Tudo na vida é disciplina. Você quando chega em um clube do tamanho do Remo, tem que ter o equilíbrio necessário para atingirmos os resultados necessários. A gente é gestor, disciplinador. Acho que com muito trabalho a gente atinge o sucesso. Sou um treinador de muito diálogo.
Formação do plantel
A gente vem trabalhando com uma visão de temporada. Até pelas competições que vamos ter, consigo trabalhar com um elenco enxuto. Um número de 24 jogadores de linha e 4 goleiros. Nosso trabalho é multidisciplinar e tenho responsabilidade pela área técnica. Tenho a responsabilidade pela escolha técnica do atleta, mas a gente passa por um colegiado para contratações assertivas. Procurar minimizar os erros. Quero ter uma base de início para se prolongar na Série C. É um trabalho árduo até as conclusões, mas garanto: me dispus a começar a trabalhar desde que cheguei, não é só apresentação em coletiva. Já entrei em reunião para iniciar o planejamento com excelência.
Estilo de jogo
Você falar de metodologia é muito complexo, mas gosto de um estilo propositivo, de manter a bola, que seja o senhor da bola. Quando tenho mais a bola, menos o adversário tem possibilidade de fazer o gol. Porém, tem vários jogos em um jogo. É preciso estar treinado para ser reativo também. Costumo falar que uma equipe precisa estar preparada para tudo. O estilo de jogo que mais gosto de usar é o 4-3-2-1, porque ele cria uma variação que posso mudar o sistema com as mesmas peças para o 4-1-4-1 ou 4-3-3. Hoje o futebol se resume a ocupar espaços. Sem a bola, marcar forte e, com a bola, propor para fazer o gol.
DNA vencedor
Podem esperar um Marcelo Cabo vencedor. Um profissional que tem 22 anos de carreira não consegue ganhar tudo. Só lembrar que há um ano estava levando o Atlético (GO) à 9ª colocação na Série A e só não fomos à Libertadores pelo saldo de gols. Nos últimos 5 anos, foram 5 títulos estaduais. Levei o Atlético (GO) à Sul-Americana, voltei ao CRB (AL) e fui semifinalista da Copa do Nordeste. Confesso que não tive o êxito esperado na Série B, mas a vida do treinador oscila. Basta você estar preparado para aprender com os resultados. Nesse Campeonato Brasileiro não tive êxito, mas aprendi muito. O profissional precisa de reflexão para saber onde errou e acertou. Podem esperar um DNA vencedor. Tenho acesso, título da Série B, de Estadual. Não é pela oscilação que deixa de ser um profissional capacitado, como sempre fui. Tenho certeza que o Remo vai me dar essa condição em 2023.
Diário do Pará, 27/10/2022
Vamos para cima Marcelo,que tenhamos esse “defo vencedores nossa equipe e tenhamos um 2023 positivo em todos os sentidos!
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