“O futebol é uma caixinha de surpresas” é uma frase sempre dita quando algo improvável ocorre no esporte, tanto dentro do jogo, quanto fora das quatro linhas.
Em Belém, o ex-meia Rodrigo Broa, que teve passagem pelo Remo nos anos 2000, vive a expectativa de ver seus filhos, Giovanna e Lucas Marreiros, jogando na equipe profissional do Remo.
Rodrigo Broa teve passagem marcante no Leão, onde conquistou diversos títulos com a camisa azulina. A trajetória deste maranhense no Pará o levou até o Flamengo (RJ), em 2005, mas o destino fez com que voltasse ao Estado no final da carreira e adotasse Belém como sua casa.
Agora, Broa vê os filhos seguirem seus passos no futebol. Giovanna começou no futsal e atualmente é do time profissional feminino do Leão, enquanto Lucas começou na base azulina, depois passou alguns anos no rival bicolor, mas voltou ao Baenão, sendo integrado ao elenco Sub-20.
Broa é só emoção ao falar do assunto e fica na torcida pela dupla, avisando que também “puxa a orelha” em casa quando necessário.
“Tive uma passagem boa no Remo, no início da minha carreira, onde passei 5 anos e foi muito prazeroso. Poder presenciar meu filho, que joga na base do Remo, é uma felicidade imensa. Espero que os dois (Lucas e Giovanna) atuem profissionalmente, pois meu sonho é que eles joguem na equipe profissional do Remo. Minha filha também, tenho um orgulho máximo por ela, além de ser mulher e existir um preconceito muito grande ainda. Só nós sabemos o que passamos para ela estar aqui e já é uma vencedora. Espero que ela realize esse sonho e que conquiste o Brasil e o mundo”, disse o pai.
A preocupação com o corpo e com a mente reflete em casa. Rodrigo Broa revelou que cobra uma postura dos filhos dentro e fora de campo e afirmou ter orgulho do que seus pupilos estão realizando.
“É uma emoção muito grande ter os dois jogando no Remo. Tenho muito orgulho, estou feliz e pergunto todos os dias a eles como foi o treino, o dia a dia, alimentação. Cobro um pouco, elogio e isso tudo faz parte, faço isso pois acredito neles”, contou.
A inspiração de Lucas Marreiros, de 20 anos, vem de casa. O zagueiro iniciou a carreira no Remo, assinou seu primeiro contrato como profissional no Paysandu, mas retornou ao Leão para reforçar o time na Copa do Brasil Sub-20. O futebol está no sangue do atleta, que afirmou não pensar duas vezes em viver do esporte.
“Meu pai é minha inspiração. Vivenciei desde cedo o futebol no Remo, sempre quis ser jogador, nunca tive um ‘plano B’ na minha vida. Iniciei aos 7 anos, em um projeto no futsal. O Remo me chamou para jogar e fiquei no clube até os 17 anos, onde conquistei todos os títulos. Saí e agora estou de volta. Aqui é a minha casa. Agora estou mais maduro. Saber aproveitar mais as oportunidades. Cada treino sempre tem alguém olhando, observando. Estou trabalhando muito nisso, pois o Remo é um clube que dá oportunidades”, comentou.
Lucas falou do carinho que sente pelo Remo e dos elogios que vem recebendo por parte de torcedores e dirigentes do clube. O jovem defensor citou as conversas que tem com o pai, buscando sempre melhorar o seu desempenho em campo.
“Amo esse clube e receber elogios da torcida é importante, me deixa mais motivado. Tentar suprir as expectativas e, sempre que tiver oportunidade, mostrar o meu futebol e dar alegria à torcida. Nossas conversas (entre pai e filho) sempre foram tranquilas, ele nunca me exaltou, nunca foi de muito elogiar, mas de corrigir. Isso foi importante para o meu desenvolvimento no futebol. Sempre vão lembrar dele, até pela aparência. Sinto muito orgulho dele”, falou Lucas.
Diferente do irmão zagueiro, a jovem Giovanna, de 18 anos, joga em uma posição mais parecida com o pai. A meia-atacante do Remo iniciou no Leão ainda no futsal (masculino) e somente aos 14 anos começou a jogar com mulheres, já que até então não tinham equipes femininas. A garota pensa grande e quer ser a melhor do mundo, assim como a brasileira Marta, escolhida 6 vezes a melhor atleta do mundo.
“Meu sonho é ser uma grande jogadora e espero que isso aconteça logo. Treino pela manhã, treino à tarde, buscando melhorar não só a parte coletiva, mas também a individual. Estou no futebol desde os 8 anos, comecei no futsal do Remo. Aos 14 anos, fui começar a jogar com a equipe feminina, pois antes só jogava com o masculino. Minha trajetória no campo foi nesse ano, comecei a focar mais ainda. Meu sonho é ser a melhor do mundo”, disse.
Giovanna assumiu que é uma fã do irmão Lucas Marreiros. Ela garantiu que ele vai voar alto na carreira e que tudo que vem colhendo é fruto da dedicação de Lucas.
“Ele vai crescer muito, tem futebol para isso. Feliz em saber que ele está trilhando. Sei que ele tem tudo para ser um ótimo zagueiro. Ele vem recebendo elogios pelo talento que ele tem”, finalizou.
O Liberal.com, 01/10/2023
Nao era Rodrigo Sarara??? Quando foi essa troca pra “Broa”?
Em algum momento na carreira dele.
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