Fábio Bentes e Thiago Gasparino
Fábio Bentes e Thiago Gasparino

Contratar é mais que um verbo, uma necessidade ou vício, é um “mandamento” no futebol de Remo e Paysandu. A média gira em torno de 35 por ano, com altos custos e baixos resultados, em erros que se repetem ano a ano.

O mercado paraense não está atrativo, por baixa visibilidade, pela pressão e instabilidade dos clubes, apesar da credibilidade nos pagamentos.

Para dar certo aqui, atletas precisam ser vigorosos fisicamente e “cascudos” emocionalmente, além de competentes tecnicamente.

É sempre muito difícil encaixar todos esses fatores e intetesses, então os clubes praticam “loteria” com muitas contratações e dispensas.

Essa política “burra” torna azulinos e bicolores incapazes fazer bem o que mais fazem. Assim, seguem torrando fortunas, geralmente para sofrer.

Como virar a chave?

Já que não conseguem aprender com os erros, Remo e Paysandu deveriam se voltar para a memória dos acertos. Qual era o perfil dos times nos últimos acessos?

O time bicolor de 2012 e 2014 tinha base jovem e regional. O Leão de 2020 só engrenou quando o técnico Paulo Bonamigo botou no time os meninos Hélio Borges e Wallace, que se tornaram peças táticas vitais.

Em geral, jovens nativos reagem bem à pressão por serem produtos do meio, mas são raros os que atingem lastro físico, competência tática e consciência profissional para vencer as resistências e emplacar.

Executivos

Dos executivos do Remo nos últimos 5 anos, Luciano Mancha formou um time com folha mensal de R$ 250 mil, que só perdeu a classificação na última rodada, por saldo de gols. Carlos Killa, com folha de R$ 400 mil a R$ 500 mil, formou o time do acesso. Este ano, fiasco com folha de R$ 1 milhão e premiações que já passaram de R$ 1,5 milhão.

Estragos

Os estragos são progressivos no Leão e não deixarão de ter sido no lado bicolor, mesmo em caso de acesso. A política tem que ser revista. Não é inteligente pagar tão caro por tão pouco!

Está correto delegar tantos poderes para técnicos e executivos nas contratações? Esses profissionais apenas passam por aqui. Trabalham em meio a uma grande disposição à farra, em um mercado cheio de vícios.

Cada clube deveria ter alguém confiável, “fixo”, com autoridade e competência em mercado e futebol para impor limites e critérios.

Que critérios? Isso é uma questão de projeto. Se houvesse um, os clubes funcionariam com diretrizes nas contratações, dentro de uma política de mesclagem com frutos da base. Antes de tudo, porém, com capacitação física, técnica e psicológica para os garotos, necessariamente com mais competições na base.

O Leão volta a campo neste sábado (29/07), a partir das 19h, para enfrentar o Ypiranga (RS), no Baenão. O jogo é válido pela 15ª rodada da Série C e terá transmissão ao vivo pela DAZN. Clique aqui para fazer sua assinatura agora.

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 23/07/2023

14 COMENTÁRIOS

  1. A diferença que o paysandu vai para B e o remo descer para D… então porrr não comparem !! Vamos falar apenas do Remo !

    • A diferença também é o que muitos torcedores sequer falam porque acham que o Remo não pode ter isso como embaraço, sendo que para tal tem que ter um super time para lutar contra. Trata-se das interferências das arbitragens com os “erros”. Pelo lado do payssandu, vitórias contra Aparecidense, Manaus, Floresta e Remo, isso que eu tenha visto, outros jogos não vi. Foram doze (12) pontos por conta de “erros” de arbitragem a favor do payssandu. Lembrem de algum erro que beneficiou o Remo! Ao contrário, são gols legais desmarcados, pênaltis não assinalados, marcações de impedimentos inexistentes. Enfim! Escutei de um torcedor do Remo que o pênalti no Elton não ocorreu e que foi compensação pelo pênalti roubado no primeiro tempo. Que compensação é essa? Vejamos! O jogador bom ou ruim, como humano, tem seu estado emocional abalado por circunstâncias de pressão ( lembrem, os de mais idade, que o Zico pedeu um pênalti na copa quando não podia, eliminou o Brasil). Voltando: que compensação? Uma situação é o jogador bater um pênalti no primeiro tempo jogo 0x0, se perder o jogo continua empate, outra e cobrar um pênalti no segundo tempo com seu time perdendo, se perder seu time continua em desvantagem. Tudo isso em um contexto de pura pressão, sendo um clássico e com estádio lotado. Então, sem conversa, o árbitro ajudou o payssandu no Repa com o pênalti roubado. Minha opinião!

      • A compensação não está relacionado ao Remo, e sim, ao próprio Juiiz, q alem de fraco é ladrao….roubou o Remo em um pênalti dado ao Paissandu e tb inventou o Pênalti a favor do Remo na tentativa de encobrir seu erro grosseiro e ladroagem.
        Qto a converter o Pênalti com pressão ou sem pressão, se um jogador de futebol não tem capacidade de suportar pressão e realizar o seu trabalho q está sendo pago ( e mto bem pago ), então vai catar coco para vender na feira.

        • O Zico não foi catar coquinhos. O Baggio, da Itália, na final contra o Brasil no tetra também não. Respeito seu comentário, mas acho que não é bem desse jeito. Dependendo da condição é natural alterações e fragilidades em relação aos aspectos emocionais. Estamos falando de pessoas e não de máquinas. São tantas as situações que admitem isso. Todos os jogadores mencionam, por exemplo, da dificuldade de jogar no campo/casa do adversário, porque admitem motivações a mais para os donos da casa, entre outros fatores.

  2. “Loteria” contratando jogadores que todos sabem que é ruim ou muito ruim ( Álvaro, Marcelo, Galdezane, Fabinho)? Brincadeira…
    Os caras são tão incompetentes que matam a própria galinha dos ovos de ouro.

    • Exato Lindomar, a maioria das contratações onerou e não deu resultado, e a maioria da ruindade desse plantel é obra do Cabo e do Gasparino com a aprovação do Tonhão.

      É asneira dar carta branca para executivo contratar sob indicação de treinador, pois são profissionais temporários e comumente incham o plantel com contratações que normalmente oneram o clube e dão pouco retorno. Errado também a crença de dirigente “entendedor de futebol” como salvador da pátria, pois normalmente são encanadores que vivem de promessa tipo “levar o Remo para série A, lugar onde merece estar”. Aqueles que não gostam nada de gestão organizacional, endividam o clube, enchem os seus bolsos e pulam fora. Pior anda é torcedor acreditar que presidente acumula a função de diretor de futebol, pensamento típico de torcedor de clube nanico.

      O Remo como organização está em patamar mais alto, com solidez e solvente, mas falta o futebol evoluir como gestão profissional e a solução é a SAF.

      • Mesmo se virar SAF, irá precisar ter profissionais específicos em suas áreas de atuação, como um diretor executivo, um gestor profissional, uma equipe especializada de desempenho e análise de mercado do futebol, um projeto montado com um treinador competente e jogadores capacitados a idealizar o projeto e etc.
        Para times q estão mto endividados e q não tem capacidade monetária de montar esse tipo de estrutura, a SAF pode se apresentar como uma alternativa..Porém o Remo não está nessa situação, se houver uma mudança de mentalidade dos q comandam o clube , pode sim montar um projeto adequado e profissional para o Remo. A chave do negócio é a mudança de mentalidade .

        • Djr, a diferença é que a SAF tem um dono e o dono quer retorno de seu dinheiro investido, assim, metas e objetivos terão que ser cumpridos conforme visão do dono da SAF, seguindo um planejamento estratégico profissional, se não rolam cabeça. Assim não há espaço para gestor de futebol incompetente.

  3. O time da mucura é ruim, mas eles resolveram o problema do gol deles. Não quiserem saber, trouxeram um goleiro pra ser titular e pronto.
    O Remo tem goleiro de estimação, jogador de estimação, mistura racional com emocional e se ferra.

  4. QUEM TE FALOU QUE A MUCURA, VAI PRA B E REMO VAI PRA D, TORCEDOR FROXO, TA JOGANDO A TOALHA, VOU ACREDITAR ATÉ O FINAL

  5. Mais uma ves vou comentar contrate um analista de numeros ou um matematici, para avaliar os melhores em numeros do paraense e brasileiro da serie D e C garotos e compra e trabalha com um tecnico de base bom para ensina esquema tático, hoje muito jogos se ganha em tática nao e. Individualidades.remo busca recurso para fazer hotel no CT para colocar esses garotos. Vamos valorizar isso contrata e treino.ronald até e esforçado mas não produz qualidade por falto de treinamento tatico

  6. A situação do Remo é complicada sim,essa diretoria não sabe trabalhar “bastidores”,peçam umas aulas pra mucura,eles sabem fazer o “APITO AMIGO”,foram 15 pontos ganhos assim,nos BASTIDORES!!

Comments are closed.