Pela lei natural das coisas, que não regem o futebol, o Remo poderia ter vencido o Corinthians (SP) por 3×0 ou 4×0. Jogou o suficiente para alcançar esse placar, perdendo 3 excelentes oportunidades ainda no primeiro tempo, mas o triunfo por 2 a 0 já foi o bastante para encantar os mais de 40 mil torcedores que lotaram o Mangueirão nesta quarta-feira (12/04).
Fazer um gol logo de cara ajuda muito em jogos equilibrados e o Remo conseguiu isso após um contra-ataque mortal puxado por Richard Franco, um dos destaques da partida. O volante paraguaio lançou Muriqui, que controlou a bola diante da marcação e tocou para Pablo Roberto na esquerda. O meia bateu rasteiro, forçando o rebote de Cássio para a finalização de Franco.
A jogada foi desenhada e executada com perfeição. Já poderia ter sido o segundo gol do jogo, porque Richard Franco quase abriu o placar logo aos 2 minutos, cabeceando rente ao poste direito do goleiro corinthiano.
A vantagem estabelecida no placar não trouxe acomodação ao Remo, que seguiu jogando na mesma intensidade. A bola era recuperada na defesa e os volantes Anderson Uchôa e Richard Franco acionavam de imediato os atacantes. No meio, Matheus Galdezani estreou de verdade, fazendo um bom trabalho de ligação, posicionado alguns metros atrás de Pablo Roberto.
Foi de Galdezani a segunda grande chance de gol, em uma batida forte, de longe, que desviou e quase enganou Cássio.
Em seguida, um cruzamento na segunda trave encontrou Richard Franco na disputa com a zaga paulista. Ele desviou a bola de cabeça, que ainda triscou no poste esquerdo.
O Corinthians (SP) raramente incomodava na frente. Quando isso ocorria, o centroavante Yuri Alberto não encontrava vida tranquila no embate com Ícaro e Diego Guerra, impecáveis no combate e na antecipação. Vinícius fez apenas 2 defesas fáceis em toda a primeira etapa.
Pode-se dizer, sem exagero, que o time paulista foi para os vestiários no lucro. O placar mínimo chegou a ser injusto quanto à produção ofensiva dos dois times. O Remo, além disso, foi mais firme na retomada de bolas e eficiente nos avanços rumo à área inimiga.
O gol de Muriqui, em jogada iniciada por ele mesmo, foi uma perfeita demonstração do jogo coletivo aplicado com competência. Com 8 jogadores do Leão em torno da área adversária, a bola chegou em Lucas Mendes na direita e foi cruzada para o próprio Muriqui finalizar e entrar com bola e tudo.
Um jogador foi fundamental para o excelente desempenho azulino foi Pablo Roberto. Em grande fase técnica, conduziu as ações mais agudas e controlou a bola sempre com qualidade e esmero. Impressionou até a narração do canal Sportv pelo desembaraço com que se comportou em meio aos “300 volantes de Sparta” que o Corinthians (SP) postou à sua frente.
Cansou no segundo tempo, coisa absolutamente natural. Mesmo assim, deu uma arrancada que quase terminou em gol. A exaustão física impediu uma finalização mais contundente. Enquanto teve fôlego, Pablo contribuiu de maneira grandiosa para a quase impecável atuação do Remo.
Pode-se dizer que o Leão só não cumpriu um jogo perfeito porque desperdiçou chances que dariam maior tranquilidade para o confronto de volta, em São Paulo, daqui a 2 semanas. Porém, dentro do que era possível, o Remo realizou a sua grande atuação na temporada!
Blog do Gerson Nogueira, 13/04/2023
P.Roberto é nosso maestro e temos que ter cuidado qdo o mesmo ficar ausente da equipe,pois o Remo não é o mesmo!!!
Se o garoto Ronald tivesse uma chance no segundo tempo, no lugar do Pedro Vitor, acredito que o placar seria de 3 ou 4 a favor do Leão. Agora é preparar o time para jogão de volta lá na Terra dos corintianos. Se perdermos, não será demérito; há um abismo entre os salários, mas não vamos fazer feio não. Tenhamos fé.
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