O processo de montagem do elenco do Clube do Remo, que só deve estar completo e com todos treinando em campo na segunda quinzena de janeiro, pode impedir um dos objetivos da comissão técnica nessa fase de preparação – realização de amistosos para melhor preparar e testar a equipe.
Mesmo com a base que ficou do ano passado, somada aos garotos do Sub-20 e aos jogadores contratados que já se apresentaram, o elenco continua pequeno e em fase muito inicial de pré-temporada. Por isso, a expectativa por amistosos pode não ser correspondida ou diminuir a quantidade de partidas.
“A gente até colocou em nosso planejamento, em dezembro mesmo, para conseguir fazer algum jogo-treino ou algo parecido, mas por enquanto ainda está inviável. Acho que a gente ainda não está com pelo menos os 11 iniciais aqui para iniciar o trabalho. Vamos ver, dentro da semana o que vai surgindo, as possibilidades vêm aparecendo pra ver se a gente consegue fazer”, confirmou o técnico Rodrigo Santana.
Além disso, segundo o treinador azulino, a chegada dos reforços que vêm da Série B demandará um tempo a mais para o começo dos treinos. Tempo que os jogadores tiveram semana passada para exames médicos e avaliações físicas, o que pegaria mais um período que poderia ser reservado a jogos testes.
Santana deixou claro que não descarta a realização de amistosos. Em especial, para ver os garotos que estão subindo para o elenco profissional.
“Acredito que na primeira semana de janeiro, eles (jogadores) retornando após o Ano Novo, a gente fica uns 4 ou 5 dias fazendo exames. Vou ter praticamente uma semana para a estreia da competição (Parazão), então está muito em cima. Se houver essa possibilidade em dezembro para colocar essa rapaziada que já está aqui em campo, até dar uma observada nos meninos dos juniores, que a gente vai ter maior atenção, maior carinho com eles”, disse.
Porém, esse alinhamento com a base, segundo Santana, passará pela qualidade e não pela obrigação. Ou seja, se os garotos mostrarem condições, ficarão e brigarão por espaço. Por outro lado, caso o desempenho não agrade, terão mais tempo para se prepararem.
“A gente também não pode atrapalhar esse trabalho de transição dos profissionais. A gente está tendo muita atenção nessa integração da base com o profissional. Se houver a possibilidade de chegar a um número de jogadores suficiente, a gente faz. Caso contrário, a gente vai optar por segurar um pouco”, finalizou.
Diário do Pará, 11/12/2024