Um enorme ponto de interrogação. Assim que o técnico Rodrigo Santana, recém-contratado para dirigir o Remo na Série C, pode ser entendido pela torcida azulina.
Com trabalhos de pouco sucesso nas últimas equipes que passou, o treinador chegou ao Baenão com a missão de reerguer o Leão após um péssimo início de Brasileirão, com 4 derrotas em 6 jogos, além de 1 empate e 1 vitória.
Para tirar a equipe desse buraco, a tendência é que o comandante faça o “simples” e se apegue a estilos de jogo tradicionais, sobretudo no início de trabalho.
Durante a carreira, Rodrigo tem como principal característica a adaptabilidade. Em poucas ocasiões teve a oportunidade de montar um elenco desde o início do ano. A função de “apagador de incêndios” fez dele um profissional que precisa arrumar alternativas rápidas, em equipes com plantéis já formados.
No Remo, o técnico terá exatamente esse desafio, fato que já foi antecipado em sua entrevista coletiva de apresentação.
“Minha ideia é marcar alto, marcar sob pressão. Equipe vertical, que marca forte, essa é a ideia, mas será que as características são as mesmas aqui? Chego no meio do ano, não construí o elenco, mas minha obrigação é encontrar a melhor forma. Temos jogadores suficientes, precisamos vender essa ideia e que os jogadores comprem essa ideia”, disse.
Apesar disso, existem coisas que Rodrigo Santana não revelou. Avaliando as passagens mais recentes do treinador pelo Brasil, é possível observar tendências utilizadas que devem ser replicadas no Leão.
No Atlético (MG), seu trabalho de maior destaque, Rodrigo Santana apostava, principalmente, no 4-2-3-1, com variações. No Avaí (SC), apesar dos poucos jogos, ele também usou a mesma formação, assim como no Athletic (MG), mais recentemente, quando disputou o Campeonato Mineiro.
Nesse ponto, Rodrigo não deverá fazer adaptações no Leão. A equipe, desde a passagem de Ricardo Catalá, no início do ano, já atuava no 4-2-3-1. A mudança deverá ser no comportamento de alguns atletas. No Atlético (MG), por exemplo, o meia costumava jogar mais perto do atacante, fato que se repetia menos no Athletic (MG), onde ainda havia outra diferença – o ponta direita atuava como extremo, mais aberto. Já no Coritiba (PR), os pontas costumavam fechar mais pelo centro de campo.
Em ambos os times mineiros, Rodrigo atuava com um centroavante de várias funções. O objetivo do camisa 9 nos times do treinador vai muito além de ser apenas um jogador “terminal”, que coloca a bola para dentro do gol. O atleta que fizer essa função deverá sair da área em muitos momentos, seja para fazer o pivô, como para distribuir passe para os demais companheiros de equipe.
Ricardo Oliveira (Atlético-MG) e Jonathas (Athletic-MG) fizeram essa função com Rodrigo Santana e foram bastante produtivos. O primeiro marcou 14 gols na temporada 2019, enquanto o segundo tem a mesma quantidade nesta temporada, mas com alguns jogos a realizar.
No Leão, pelas características, Ytalo deve ser o jogador escolhido para executar a tarefa.
Ainda no início de carreira, Rodrigo Santana disse que se inspirava nos técnicos Tite e Fábio Carille. Em entrevista concedida em maio de 2019, o atual comandante remista comentou sobre a relação e a inspiração nos dois.
“Quem me abriu as portas para conhecer o trabalho do Tite foi o Carille, que considero um irmão. Devo muito a ele por muita coisa que me orientou, mesmo ele sendo auxiliar da casa. Todos eles sofreram, vieram de times pequenos e conquistaram tudo. Ele (Carille) foi um dos responsáveis por eu decidir aceitar a proposta do Atlético (MG), mesmo sendo para o Sub-20. Depois que assumi o time principal, conversei com ele, sempre me passando confiança”, declarou, na época.
Caso siga a linha dos dois treinadores para montar a equipe azulina, sobretudo do meio para trás, uma palavra de ordem será seguida no Leão – equilíbrio. As equipes de Tite e Carille costumam correr poucos riscos, controlando o jogo o máximo possível. A mentalidade pode, inclusive, reduzir o índice de gols tomados pelo Remo na Série C – já foram 10, em 6 jogos.
O Leão volta a campo neste sábado (01/06), a partir das 17h00, para enfrentar o Sampaio Corrêa (MA), no estádio Castelão, em São Luís (MA). O jogo é válido pela 7ª rodada da Série C e terá transmissão ao vivo pela DAZN. Clique aqui para fazer sua assinatura agora.
O Liberal.com, 28/05/2024
Isso demonstra a versatilidade tática do novo técnico, ao se prende em somente 1 esquema de jogo podendo várias no decorrer da partida. Agora tempo é uma palavra que estará em falta para ele.
Boa sorte, que consiga fazer esse elenco de milhões fora do campo render!
Na minha opinião tem que lançar a campo o melhor meio de campo que consiga fazer o time jogar bem compacto nos 3 terços pra frente de fato…”.atualmente o remo joga muito pros lados e pra tras que fica presa fácil aos seus adversários infelizmente. “
Fala chutar mais no gol!!
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