Copa Verde
Copa Verde

Ah, o futebol paraense… Sempre tão rico em histórias e tão pobre em atitude!

Atlético (GO) e Cuiabá (MT) chutaram a bola para longe e disseram não à Copa Verde 2025. Não sem razão! A decisão da CBF de arrancar a vaga direta na 3ª fase da Copa do Brasil do campeão do torneio é uma verdadeira rasteira no que antes era um prêmio minimamente digno.

Porém, o que fizeram Clube do Remo e Paysandu? Silêncio. Subserviência. Passividade total.

A postura desses dois gigantes da Amazônia é, no mínimo, constrangedora. Em vez de se unirem para protestar contra a medida, preferiram acatar a decisão sem chiar, sem levantar sequer uma bandeira em defesa da competição que deveria ser a joia da nossa região.

Enquanto isso, Atlético (GO) e Cuiabá (MT) deram uma lição de como não aceitar esmolas. Para eles, sem a vaga na Copa do Brasil, a Copa Verde virou um simples amistosão. Convenhamos, eles estão certos!

A CBF, que historicamente trata o futebol das regiões Norte e Centro-Oeste como coadjuvante, deu mais um golpe, e nossos clubes parecem aceitar essa condição com a resignação de quem acredita que não há alternativas.

É como se Remo e Paysandu ainda acreditassem que um dia vão se sentar à mesa com os grandes do futebol brasileiro sem precisar brigar por isso. Spoiler: não vão!

É triste, porque a Copa Verde, mesmo com seus problemas, é uma oportunidade de dar visibilidade ao futebol de Estados esquecidos no mapa esportivo do país. Sem a vaga na Copa do Brasil, a competição perde relevância. Sem clubes dispostos a lutar por ela, perde o pouco prestígio que ainda tem.

Dizer que essa postura é frustrante é pouco. Ela é reveladora. Mostra o quão atrasados estamos em entender o jogo político do futebol. Não basta ser grande no campo, é preciso ser grande fora dele e isso, meus caros, é algo que Remo e Paysandu ainda precisam aprender.

Enquanto isso, ficamos aqui, vendo a bola passar, sem ao menos tentar um carrinho para mudar o jogo.

Texto escrito por Sales Coimbra, jornalista do DOL.

Diário Online, 24/12/2024

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2 COMENTÁRIOS

  1. Finalmente esta página deixa de passar pano pra essa diretoria errática do CR. Concordo totalmente quando vc fala de subserviência, covardia e MEDO. Agora é o cúmulo ter medo desse atual presidente da CBF que é um dos mais fracos que já passaram por esta i stituição corrupta que é a CBF.

  2. Futebol profissional é movido a muito dinheiro e muita política. Os clubes que disputam a copa verde não têm o primeiro e não não sabem fazer a segunda. Esta porcaria de disputa é deficitária e irrelevante desde sempre porque OS CLUBES DO NORTE SÃO IRRELEVANTES (com a honrosa exceção de Remo, Paysandu e, mais recentemente, o Amazonas), produzindo um espetáculo deficitário, com péssimos jogos disputados em lugares que ficam entre “Onde-Judas-Perdeu-As-Bolas” e “Jumento Feliz”, bem ali do ladinho do “Quinto dos Infernos”! Como os clubes nostistas vivem com o pires na mão, acabam topando qualquer parada. Se Remo, Paysandu e Amazonas quiserem ter o direito de escolher competições para disputar, primeiro vão ter que estabilizar suas finanças, valorizar seus torcedores e montar times realmente competitivos. Sem fazer o dever de casa, não dá nem para pensar em querer ser “rebelde”. Quem quer ser respeitado tem que fazer por onde!

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