Rafael Castro, Marco Antônio, Giovanni Pavani, Paulinho Curuá, João Afonso e Helder – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)
Rafael Castro, Marco Antônio, Giovanni Pavani, Paulinho Curuá, João Afonso e Helder – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)

Não há muito o que contestar no sistema adotado pelo técnico Rodrigo Santana desde sua chegada ao Remo, na 5ª rodada da Série C. Em termos de resultados, foram conquistados 12 pontos, afastando o time das últimas posições.

Ocorre que a ambição vai além disso. Pelos investimentos feitos, a meta é a classificação – a essa altura, extremamente difícil.

Para ingressar no G-8 e passar à próxima fase, o Remo precisa conquistar 13 pontos nos 6 jogos que serão disputados até o final desta etapa, para alcançar 29 pontos.

Sob a gestão de Santana, a equipe mostrou em várias ocasiões potencial para ir além do que foi mostrado. Terá que jogar muito mais para obter os pontos necessários para classificar. Serão 3 jogos em Belém – contra CSA (AL), Aparecidense (GO) e Londrina (PR), com o Leão tendo a obrigação de ganhar todos!

Os 4 pontos que ficariam faltando para a classificação terão que ser obtidos em confrontos fora de casa – contra Figueirense (SC), Confiança (SE) e São José (RS).

O ajuste do time em torno do 3-4-3 só revelou fragilidades quando o Remo precisou sustentar resultados, como na segunda-feira (15/07), contra a Ferroviária (SP), quando vencia por 1 a 0 até mais da metade do segundo tempo, mas se mostrou pouco resistente à pressão imposta pelo adversário.

A defesa saiu como vilã, mas o fato é que o time todo contribuiu para a reação da equipe paulista ao recuar excessivamente, permanecendo no campo de defesa e abrindo mão de tentativas ofensivas.

Para somar os pontos necessários à classificação, o Remo não pode incorrer nos mesmos erros. É verdade que o 3-4-3 fortaleceu o ataque, através do avanço dos alas, mas deve ser executado de forma mais eficiente e segura. Erros bobos na troca de passes comprometem a segurança defensiva e enfraquecem a movimentação ofensiva.

A concentração em torno do resultado deve ser permanente. Momentos de distração tornam qualquer jogo perigoso. Disciplinar esse processo muitas vezes tem mais a ver com a questão anímica do que com condicionamento físico. O lado mental pode compensar eventuais quedas de intensidade.

Por fim, Rodrigo Santana deveria atentar para as demais peças do limitado elenco azulino. Jogadores velocistas, que exploram o drible para superar as linhas de marcação, devem ser priorizados. Nesse sentido, Ronald e Felipinho deveriam estar sempre entre as opções preferenciais. Nos últimos jogos, eles foram deixados de lado enquanto o time ganhava a presença de Guilherme Cachoeira, um atacante que não se firmou ao longo de toda a campanha e não por falta de oportunidades!

A necessidade de reforçar o elenco tem esbarrado na previsível falta de jogadores disponíveis no mercado. Para o ataque, o clube tenta buscar Rodrigo Alves, que disputa a Série D pelo Cascavel (PR).

Como o risco sempre ronda a pressa, surgem preocupantes especulações em torno de Bruno Silva, volante veterano (37 anos) que se tornou um andarilho do futebol e não é reforço para o Remo atual.

O Leão volta a campo nesta segunda-feira (22/07), a partir das 20h, para enfrentar o CSA (AL), no Mangueirão. O jogo é válido pela 14ª rodada da Série C e terá transmissão ao vivo pela DAZN. Clique aqui para fazer sua assinatura agora.

Blog do Gerson Nogueira, 19/07/2024

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