Marcelo Rangel – Foto: Vitor Reis
Marcelo Rangel – Foto: Vitor Reis

Os dias antes e depois da procissão do segundo domingo de outubro são marcados por vários sentimentos, muitos deles ligados à religiosidade.

No Círio de Nazaré, o Clube do Remo ainda vive a ressaca da felicidade pelo acesso para a Série B do Campeonato Brasileiro de 2025, com idas e especulações de vindas dentro do elenco.

Titular absoluto na temporada, o goleiro Marcelo Rangel ainda não tem confirmação de permanência para a temporada que vem, mas já destacou em mais de uma oportunidade a vontade de ficar. Além do aspecto técnico, ele lembrou que a família está bem adaptada à cidade.

Em dias de religiosidade quase tangível no ar de Belém, o arqueiro comentou sobre a importância da fé da família em sua carreira.

“A fé é o pilar de tudo na nossa vida. A busca por Deus é o pilar de tudo que vai te sustentar no seu dia a dia, para enfrentar suas dificuldades, suas batalhas e te fazer vencer”, disse.

“São meus pilares, realmente, para uma sequência de trabalho. Primeiramente, Deus. Você estar bem com Deus, bem na sua fé, buscando sempre ter realmente essa comunhão, intimidade com Deus, que automaticamente vai refletir na sua família. Por exemplo, minha esposa, minha filha, que esteve comigo durante todo esse processo esse ano, que sempre me passaram muita força e confiança. Depois, juntamente com o trabalho, que vem aqui para dentro do clube, trabalha muito, treina muito. Esses pilares, na minha vida, são inegociáveis. A fé, minha família e trabalhar muito, com muito comprometimento, respeitando o clube que estou”, completou.

Quando chegou, Marcelo teve que substituir o ídolo Vinícius, uma missão nada fácil tanto no aspecto técnico quanto no anímico do torcedor. Vinícius é o maior ídolo desse século da torcida e não há nem tempo hábil para Marcelo tentar fincar-se nesse posto.

Por isso, desde sempre, Rangel destacou que estava no Remo para fazer sua parte, respeitando quem estava antes dele e o sentimento do torcedor.

“Independente do momento que a gente passa, a gente tem que ter uma identidade. Sou um atleta de 36 anos, já passei por muitas coisas na vida. Dificuldades na minha carreira sempre aconteceram e, em todas elas, procurei fazer o meu melhor. Aqui não foi diferente, mas a gente não pode perder a identidade”, afirmou.

“Se estou muito bem, se estou recebendo milhares de elogios hoje, tenho que saber quem sou e não me empolgar com isso. Também quando a fase não está boa, as coisas não estão andando, sei do meu valor, sei daquilo que posso produzir, daquilo que posso entregar dentro de campo e isso é o que vai fazer a diferença para me manter sereno, para me manter confiante e em paz, independente do cenário que a gente esteja vivendo”, finalizou o goleiro.

Diário do Pará, 14/10/2024