Arena Verde – Foto: Reprodução (Águia TV)
Arena Verde – Foto: Reprodução (Águia TV)

A Federação Paraense de Futebol (FPF) realizou, na terça-feira (30/01), um Congresso Técnico Extraordinário, com representantes dos 12 clubes que disputam o Campeonato Paraense de 2024.

Na reunião, foi permitida a inversão de mando de campo quando houver acordo entre as equipes. Dessa forma, clubes poderão atuar como visitantes mesmo em partidas disputadas nos seus próprios estádios.

Segundo a FPF, a decisão foi tomada devido à falta de estádios em boas condições no Estado. Além disso, a Federação alega que há uma escassez de praças esportivas no Pará com bons gramados e que possam ser consideradas como “campo neutro”, como ocorre com o Mangueirão, em Belém.

O gramado, sobretudo dos estádios do interior, tem sido ponto de grande discussão entre os participantes do Parazão.

Jogadores e o técnico do Paysandu criticaram bastante o campo de jogo do Diogão, onde o time bicolor enfrentou o Caeté, pela 2ª rodada. A partida entre Tapajós e Águia, pela mesma rodada, terminou com o lateral-direito Bruno Limão, do time marabaense, lesionado por um buraco no gramado.

Por conta disso, a “inversão de mando de campo” já tinha ocorrido nas primeiras rodadas. Castanhal e Remo, pela 2ª rodada, jogaram no Mangueirão; enquanto Santa Rosa e Castanhal se enfrentaram no CT do Japiim, em Castanhal, pela 3ª rodada.

Essas partidas precisaram de autorizações especiais da FPF, mas com a mudança do regulamento aprovada pelo Congresso Técnico, poderão ocorrer normalmente.

O presidente da FPF, Ricardo Gluck Paul, disse que a nova regra, apesar de não ser a solução para o problema dos estádios, corrige uma injustiça histórica. Segundo ele, na prática, a inversão de campo já existia, mas só beneficiava os clubes da capital.

“As gestões passadas classificaram o Mangueirão como ‘campo neutro’, justamente para não configurar ‘inversão de mando’. É uma regra que faz sentido, mas não deixa de ser um ‘jeitinho’ para inverter o mando sem parecer. O problema é que isso prestigia apenas os clubes de Belém, sobretudo Remo e Paysandu. Infelizmente, as gestões passadas estavam acostumadas a olhar apenas para esses dois times”, explicou.

De acordo com Gluck Paul, a nova regra agora dá a possibilidade para que clubes do interior do Estado também possam negociar mudanças de mandos de campo. A determinação, inclusive, foi aprovada por unanimidade entre todos os representantes clubes do Parazão.

“Se os dois clubes entrarem em um acordo, que fique liberado. O que é bom para os clubes, também é bom para a Federação. Se os clubes têm interesse em inverter os mandos, dada as peculiaridades do Parazão, eu (Federação) autorizo. A gente tem que acabar com essa história de que só o Mangueirão é campo neutro”, afirmou o gestor da FPF.

A próxima possível inversão deve ocorrer no duelo entre Tapajós e Remo, originalmente marcado para o dia 28/01, na Arena Verde, em Paragominas, onde o time santareno vinha mandando seus jogos. O estádio foi temporariamente vetado pela FPF até que o gramado seja revitalizado, fazendo com que o confronto, remanejado para 14/02, possivelmente seja transferido para o Mangueirão, em Belém, caso a vistoria da Federação não aprove o resultado da reforma.

O Liberal, 02/02/2024

5 COMENTÁRIOS

  1. Infelizmente certos clubes não tem estrutura em seus respectivos estádios para receber grandes jogos. Então porquê quem fiscaliza os locais de jogos, libera os mesmos antes do início do Parazão 2024? Tem alguma coisa errada nisso.

  2. Depois que a FPF mucurenta prejudicou o Remo (interrompendo a sequencia de jogos) com o adiamento do jogo contra o Tapajós, agora resolvem liberar a inversão.

    • Exatamente. Sempre assim. Todos os anos a mesma coisa e agora, então, com o atual presidente. Sempre medíocre essa FPF, de longas datas e tem piorado com os anos.

  3. Caro Pedro Paulo, esses estádios são liberados por causa da: Politicagem da FPF com as agremiações, politicagem das prefeituras onde estão essas agremiações , isso sem falar em outras “coisitas mas”….
    Agora com esse remendo a FPF não só lava a Mao, como se insenta d qquer responsabilidade qto aos campos jogando toda a “culpa” aos times q vão escolher aonde jogar.
    Ou seja, para q serve a FPF??? Ao invés de cobrar, ajudar e fomentar praças esportivas dignas para se ter um campeonato adequado, interiozado e forte,…apenas delega responsabilidade através de uma pincelada no papel.

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