Em 2023, cerca de 130 jogadores foram contratados pelos 12 clubes do Parazão, sendo 8 deles estrangeiros. Na temporada 2024, o número subiu para cerca de 150, novamente com jogadores de fora. Para 2025, a política da maioria dos clubes não deve ser diferente.
A cada ano, agrava-se a perda de espaço para os atletas regionais. Por quê? A resposta é simples – baixa qualidade das categorias de base, associada à sede por contratações. A questão é conjuntural!
Há, de fato, um baixo nível nas categorias de base, agravado pela migração dos jogadores mais talentosos para times amadores que oferecem cachês imediatos, atendendo às urgências financeiras de suas famílias. Soma-se a isso o fenômeno dos jovens que assinam contratos e acabam se perdendo ao começarem a receber salários. Apenas as exceções conseguem seguir carreira.
Os clubes coadjuvantes do Parazão, principalmente os do interior, justificam o aumento na contratação de jogadores de fora pelos altos salários pedidos pelos próprios atletas regionais.
Remo e Paysandu seguem o mesmo raciocínio para a vinda de estrangeiros – jogadores de outras regiões do Brasil pedem valores elevados para jogar no Pará, sendo que muitos recusam propostas simplesmente por não desejarem morar na região.
Tudo indica que há estrangeiros com malas prontas e viagem marcada para Belém, com destino a Baenão e Curuzu. É o futebol paraense na onda crescente do “portunhol”.
Defesa
O zagueiro Lucão, já integrado ao elenco do Remo, impressiona com seus 1,96m de altura. Ele deve formar dupla com Rafael Castro, remanescente da temporada anterior.
O clube também monitora outros nomes para a defesa, entre eles, com o argentino Iván Alvariño, zagueiro que disputou a Série B pelo Amazonas (AM), emprestado pelo Boca Juniors (Argentina).
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 13/12/2024