Remo 1×0 São Bernardo-SP (Marcelo Rangel) – Foto: Wagner Santana (O Liberal)
Remo 1×0 São Bernardo-SP (Marcelo Rangel) – Foto: Wagner Santana (O Liberal)

No futebol, onde cada detalhe pode fazer a diferença, há fatores imperceptíveis aos olhos do torcedor, que vão além das quatro linhas e têm um impacto direto no resultado dentro de campo.

O estádio é um desses elementos “invisíveis”, mas poderosos. Para o Clube do Remo, a mudança dos jogos do Baenão para o Mangueirão no decorrer da 1ª fase da Série C representou um impacto psicológico. A alteração não representou apenas a mudança de endereço das partidas, mas um reencontro com a confiança e o sentimento de grandeza.

No Baenão, o Fenômeno Azul comparecia para apoiar, mas a pressão que era para ser contra o adversário, acabava se virando contra os próprios remistas em campo quando as coisas não davam certo.

O Mangueirão, mais amplo, conseguiu trazer aos jogadores uma tranquilidade maior. Comandados por Rodrigo Santana, os azulinos conseguiram transformar a força da torcida em uma arma a mais na campanha do acesso.

Se os altos e baixos marcaram a campanha no Baenão, atuar no Mangueirão trouxe de volta uma segurança psicológica que transformou a equipe, sendo um fator fundamental no crescimento do time.

Com jogadores mais confiantes e um ambiente propício à superação, o Leão soube transformar a força do Fenômeno Azul no Mangueirão em um 12º jogador, algo decisivo para o acesso à Série B.

Ao todo, o Remo fez 6 jogos no Baenão, vencendo 3, perdendo 2 e empatando 1, tendo 55,56% de aproveitamento. Porém, a torcida não via boas atuações dos azulinos nessas partidas. Eram vitórias na raça, na força, mas sem conseguir dominar o adversário – um cenário bem diferente do que o Remo conseguiu no Mangueirão.

Para termos uma noção de como estava a pressão e o caos de jogar no Baenão, no dia 09/06, quando o Leão foi derrotado pelo São Bernardo (SP), uma grande confusão começou nas arquibancadas. Torcedores mais exaltados iniciaram uma briga com a Polícia Militar após atirarem objetos para o campo a fim de cobrar os jogadores, que resultou em um policial atingido por um assento.

A equipe azulina passou a mandar os jogos no Mangueirão a partir da 14ª rodada da fase classificatória, quando ocupava a 10ª posição, com 16 pontos somados em 39 disputados.

Contando com o jogo do acesso, o Leão realizou 6 jogos em sua “nova casa”, assim como no Baenão, mas com 5 vitórias, 1 empate e nenhuma derrota, ficando com 88,89% de aproveitamento.

A mudança para o Mangueirão representou um divisor de águas no aspecto psicológico e no desempenho do Remo para o sucesso na busca pelo acesso.

Sair do ambiente mais acanhado e de maior pressão do Baenão trouxe aos jogadores uma nova perspectiva, permitindo que a confiança individual e coletiva crescesse.

A sensação de maior liberdade, aliada ao apoio incondicional do Fenômeno Azul, foi fundamental para que o time se sentisse mais à vontade em campo, resultando em um futebol mais organizado e eficiente.

Esse equilíbrio mental foi essencial para que a equipe de Rodrigo Santana se superasse e atingisse o tão desejado acesso à Série B. Agora, a equipe vai para a última rodada do quadrangular buscar uma vaga na grande final.

O Leão volta a campo neste sábado (05/10), a partir das 17h30, para enfrentar o Botafogo (PB), no estádio Almeidão, em João Pessoa (PB). O jogo é válido pela 6ª rodada da 2ª fase da Série C e terá transmissão ao vivo pela DAZN. Clique aqui para fazer sua assinatura agora.

Jogos no Baenão

Remo 1×2 Volta Redonda-RJ
Remo 1×0 Floresta-CE
Remo 0×0 Tombense-MG
Remo 0×1 São Bernardo-SP
Remo 1×0 Ypiranga-RS
Remo 2×1 Ferroviário-CE

Jogos no Mangueirão

Remo 2×1 CSA-AL
Remo 1×0 Aparecidense-GO
Remo 3×0 Londrina-PR
Remo 2×1 Botafogo-PB
Remo 0×0 Volta Redonda-RJ
Remo 1×0 São Bernardo-SP

Diário Online, 30/09/2024

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