No Clube do Remo desde maio deste ano, o técnico Rodrigo Santana conseguiu comandar um elenco desacreditado, que lutava contra o rebaixamento, até o acesso para a Série B. O feito ficou mais impressionante porque poucos reforços foram contratados a partir de sua chegada – nenhum deles de peso.
Além do trabalho dentro de campo, o treinador sempre destacou o que foi feito fora das quatro linhas. O grupo se fechou, o ambiente melhorou e, ainda que com muitas dificuldades, conquistou o principal objetivo do ano.
Sendo assim, com o início do trabalho visando 2025, com um elenco que ainda está em reformulação, o treinador tenta repetir o feito, começando pelo alinhamento nos bastidores, mantendo um bom relacionamento para tentar repetir o sucesso da temporada passada.
Santana ressaltou a necessidade de ter em Belém o quanto antes o elenco completo – ou pelo menos com um grupo suficiente para equilibrar os trabalhos de campo.
“Me preocupo em tê-los mais cedo para entender nosso modelo de jogo, nossos conceitos. Tudo demanda um pouquinho de tempo, mas estou muito otimista pelo que a gente vem buscando, conversando. Espero montar um time bem forte e fazer uma pré-temporada muito boa”, disse.
“Acredito na manutenção dos jogadores que renovaram. Ajuda muito no nosso trabalho e é por isso que apresso todo dia para fazer com que os jogadores cheguem. Porque, a exemplo da Série C, acho que o que valeu foi o coletivo. Foi o dia a dia que transformou os jogadores, que ganharam confiança e entenderam o sistema de jogo e acabaram tendo alta performance. Então, quanto mais cedo o jogador chegar, se conseguisse pelos 20 atletas agora, em dezembro, com certeza ficaria mais fácil o início do estadual”, completou o treinador.
O técnico do Remo salientou que esse é um dos objetivos imediatos com os novatos – fazer com que entenderem o mais cedo possível o que é vivenciar o clube e, obviamente, o que será preciso fazer dentro de campo. Ou seja, os remanescentes da campanha do acesso também terão uma importância diferenciada nesse processo.
“Alguns atletas que já entenderam o que é o Remo, que já tiveram acesso aqui, vão ser de suma importância para estar recebendo esses jogadores e estar passando esse ‘feedback’ no dia a dia, no vestiário, na alimentação que a gente faz aqui, para fazer eles entenderem o mais cedo possível. Tenho muita preocupação em relação a isso, em fazer com que o atleta consiga se adaptar o mais cedo possível”, encerrou.
Diário do Pará, 14/12/2024