Remo 1×1 Paysandu, nos pênaltis: 3×4 (Thalys) – Foto: Thiago Gomes (O Liberal)
Remo 1×1 Paysandu, nos pênaltis: 3×4 (Thalys) – Foto: Thiago Gomes (O Liberal)

Mesmo na era da informação abundante e do conhecimento acessível a todos, o futebol ainda guarda seus caprichos e armadilhas, sendo que raramente premia times mentalmente fracos.

As grandes decisões consagram os fortes de espírito, capazes de resistir a situações desfavoráveis e de superar adversidades que se impõem ao longo de 90 minutos. Quando adversários possuem a mesma envergadura e se igualam em poderio técnico, leva a melhor quem for mais capacitado a reagir a desafios que surgem inesperadamente.

Nesse sentido, acostumar-se a uma situação nova – como a expulsão de jogadores do próprio time ou do adversário – requer preparo e condicionamento.

Nos últimos dias, os exemplos foram até didáticos, em meio a essa emocionante sequência de clássicos válidos por duas competições. Foi possível ver como as equipes se comportam quando sofrem expulsões e também quando se beneficiam disso.

Um Paysandu obstinado e organizado soube aproveitar a vantagem numérica no Re-Pa que abriu a decisão do Parazão, no domingo (07/04). Diante de um Remo sem 2 jogadores no segundo tempo, o time bicolor se impôs e conseguiu ampliar a vantagem no placar, chegando ao segundo gol nos acréscimos da partida.

Pela Copa Verde, na quarta-feira (10/04), foi a vez de o Remo desfrutar da mesma vantagem por cerca de 10 minutos. Confuso em campo, perdeu-se em movimentos erráticos, sem conseguir executar nem mesmo o primitivo recurso de avançar e sufocar o adversário. Tenso e inseguro, aceitou ser atacado e quase sofreu um gol no minuto final.

A rigor, não havia diferença entre os dois cenários. O único diferencial foi a capacidade de ser frio e objetivo na busca do resultado, demonstrada pelos bicolores. Essa condição plena só é possível atingir com muito treino, que torna as reações automáticas. Era como se o time esperasse por aquele momento e respondesse normalmente a ele.

Por outro lado, os remistas não sabiam o que fazer, a não ser trocar passes sem objetivo. Não surgiu ninguém em campo – ou fora dele – para organizar as coisas, dar sentido às ações e indicar o caminho a ser seguido. Diante disso, a confusão se estabeleceu em passes errados. Aos poucos, a vantagem desapareceu, virou fumaça!

Está provado que o futebol não depende apenas do preparo físico. Há espaço também para a elaboração mental. Não só no planejamento tático, mas na preparação dos atletas. Reações rápidas constituem a essência do jogo, qualquer jogo, mas devem ser estudadas e planejadas para que se tornem benéficas para o time, seja no ataque ou na defesa.

A questão é que o comportamento dos times é algo fascinante e decisivo demais para merecer tão pouca atenção de técnicos e preparadores. Anos atrás, o holandês Johan Cruyff escreveu a respeito da natureza anímica do futebol, tema mais sério – e atual – do que se pensa.

Blog do Gerson Nogueira, 13/04/2024

3 COMENTÁRIOS

  1. MORIGNO QUANDO CHEGOU NO REMO DISSE QUE QUERIA UM TIME MENTALMENTE FORTE E QUE ERA PROIBIDO PERDER EM CASA, NÃO É ISTO QUE ESTAR ACONTECENDO……

  2. Pelo que esse paspalho põe aí,a mucura já é campeã paraense,pois o Remo não tem atitude,nem profissionais competentes e nem comando.Que esses porras de nossos jogadores leiam isso e se manquem hoje,tendo vergonha na porra da cara e arrebente essa mucura nojenta e lisa.

  3. Mais uma reportagem desse mucurento Gerson…ele faz propaganda a favor da mucura depreciando o Remo. Ele só “esqueceu” de dizer q a primeira expulsão do Remo foi no início do segundo tempo tendo ficado quase todo o segundo tempo com 1 a mais enquanto q a favor do Remo no segundo jogo ja foi no final…e aí sim na segunda expulsao foi equiparada em tempo de jogo com a segunda a favor do Remo….”Esqueceu” de dizer tb q o árbitro ignorou solenemente todas as faltas q aquele João Vieira da mucura fez no primeiro tempo e merecia ser expulso…por final não disse sobre a cotovelada q o Ícaro recebeu é deveria ter sido pênalti.

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