Em 2006, quando Remo e Paysandu se enfrentaram pela última vez na Série B, cada clube recebeu R$ 1,25 milhão como cota. Menos do que o Remo recebeu este ano na Série C.
O campeonato cresceu muito como produto e virou alavanca de infraestrutura para clubes que conseguiram continuidade, o que não foi o caso de azulinos e bicolores.
Este ano, o Paysandu está recebendo na Série B cerca de R$ 8,5 milhões (cota líquida), entre direitos de TV e placas publicitárias. Em 2025, deve haver algum aumento, do qual o Remo já vai se beneficiar, além de faturar também as luvas do contrato com a Libra ou com a LFU.
Esses números, na grande virada mercadológica da Série B, expressam bem a oportunidade de decolagem para a dupla Re-Pa.
Elite
Nas avaliações do mercado, a Série B também é considerada “elite” do futebol brasileiro. Portanto, honra e oportunidade para um redimensionamento de Remo e Paysandu, especialmente porque vão mostrar a força do clássico Re-Pa em 2 confrontos, o que não ocorre na competição desde 2006.
Atraso
Transformações importantes vieram do Estatuto do Torcedor (2003), agora Lei Geral do Esporte, que botou alguma ordem nas relações institucionais e até mercadológicas. Em consequência, clubes organizados se desenvolveram e se redimensionaram.
Esse processo de desenvolvimento é recente e chegou muito atrasado ao Pará. Assim mesmo, veremos Remo e Paysandu juntos na Série B em 2025, cheios de perspectivas, simbolizando uma nova era que azulinos e bicolores precisam confirmar e honrar.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 16/11/2024